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Cultura.PE

Maria Amélia

Cidade: Tracunhaém
Atividade/expressão cultural: artesã ceramista
Ano de registro de patrimônio vivo: 2011

Ricardo Moura

A ceramista Maria Amélia da Silva nasceu no município de Tracunhaém, Zona da Mata de Pernambuco, em 1924. Aos 8 anos de idade, e sob a influência de seu pai, o louceiro João Bezerra da Silva – conhecido como Mestre Dunde -, começa a transformar barro em bichos e bonecos, somando praticamente 80 anos de dedicação à arte do barro. Enquanto seu pai vendia panelas, jarros e bacias, Maria Amélia se inspirava nas telas que figuravam santos católicos espalhadas pela feira livre do município, que veio a ser sua marca enquanto artesã.

Destacam-se as imagens de São João do Carneirinho, Nossa Senhora do Rosário, Rainha do Céu, São Francisco, Santa Luzia, São José e São Pedro. Com mantos pregueados, expressões faciais simples e comovedoras, suas peças medem de 50 a 70 centímetros, facilmente identificadas, constituem referência para o surgimento do artesanato em barro na cidade de Tracunhaém.

Com relevante contribuição para a preservação da memória e transmissão de saberes e fazeres tradicionais por várias gerações, sua história de vida é refletida em várias exposições em cidades brasileiras como Brasília e Rio de Janeiro, e em países como Inglaterra e França.

Além do registro de sua arte em livros, matérias de jornais e revistas, Maria Amélia Participou do Salão dos Mestres, na Fenneart, em 2000 e em 2009. Recebeu o título de “Cidadã Benemérita de Tracunhaém”, em 2002. Participou da exposição “100 anos do Brasil”, em 2003, na França e foi homenageada como “Artesã mais antiga” na Festa dos Artesãos, em Tracunhaém, no ano de 2005. Fez parte do I Encontro Nacional de Artesãos, em 2006. Em 2011, aos oitenta e sete anos de idade, a artesã recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.