Pular a navegação e ir direto para o conteúdo

O que você procura?
Newsletter
Cultura.PE

Frevo

O Frevo nasceu no Recife, capital de Pernambuco, misturando marcha, maxixe e elementos da capoeira. Surgiu no final do século XIX, mas desde 2012 é do mundo inteiro quando foi considerado pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Com suas cores vibrantes e passos em ritmo acelerado, o Frevo é contagiante e durante o Carnaval, como o próprio nome sugere, a dança ‘ferve’ nas ruas e arrasta milhares de foliões por onde passa.

Em 2007, o Frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Mas, seu título mais importante veio cinco anos depois, quando foi inscrito na Lista Representativa de Bens Culturais Imateriais da Humanidade da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Uma conquista que ainda hoje é comemorada pelos artistas, carnavalescos, brincantes e por toda a população de Pernambuco.

Aguinaldo Leonel

Tipos de Frevo:

Frevo de Rua: é tocado por uma orquestra instrumental, com predominância dos instrumentos de sopro, mas sem adição de voz.

Frevo-Canção: tem uma introdução orquestral com andamento melódico, típico dos frevos de rua, mas com adição de voz.
Ouça AQUI uma playlist especial de Carnaval com tradicionais músicas da nossa festa.

Frevo de Bloco: É executado por uma orquestra de paus e cordas, geralmente composta por violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, além de instrumentos de sopro e percussão. Também preparamos uma seleção especial de tradicionais canções de Frevo de Bloco. Clique AQUI e curta.

 

Costa Neto

Agremiações:

Clubes de Frevo: esses grupos desfilavam pelas ruas e becos das freguesias do Recife. Entre os clubes, destacavam-se os Caiadores, Vassourinhas, Canna Verde e Clube das Pás de Carvão, compostos por trabalhadores assalariados, pequenos comerciantes, capoeiras, vendedores e ambulantes, entre outros, evidenciando como as classes menos privilegiadas se inseriam no Carnaval da cidade.

Blocos de Pau e Corda: Originados na década de 20, os Blocos de Pau e Corda, também chamados de Blocos Carnavalescos Mistos, têm na sua formação inicial certa semelhança entre os ranchos carnavalescos do Rio de Janeiro, surgidos no final do século XIX. A partir de 1974, com a fundação do Bloco da Saudade, foram criadas diversas agremiações que passaram a ser conhecidas como Blocos Independentes ou Líricos.

Troças Carnavalescas: As Troças assemelham-se aos Clubes de Frevo na sua composição, mas têm na descontração e no improviso o verdadeiro espírito dessa brincadeira. Desfilam pela manhã ou à tarde, apresentando-se nas ruas ao som do frevo.

Clubes de Bonecos: Os Bonecos Gigantes surgiram na Europa, provavelmente na Idade Média, sob a influência dos mitos pagãos escondidos pelos temores da Inquisição. Chegaram ao Brasil com os portugueses, desfilando inicialmente em procissões e festividades religiosas, na figura de bufões ou reproduzindo santos católicos. Hoje, são um dos ícones mais fortes do Carnaval pernambucano e da cidade de Olinda. O primeiro boneco gigante criado para animar o Carnaval de Pernambuco surgiu em 1919, na cidade de Belém de São Francisco.  O jovem folião Gummercindo Pires de Carvalho criou a figura de Zé Pereira para homenagear outro folião – um português que trouxe ao Rio de Janeiro o costume de tocar bumbos nas troças carnavalescas, em pleno século 19. Conheça essa história clicando AQUI.

Renato Spencer