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Secult-PE promove seminário internacional sobre o bicentenário da Independência do Brasil

A iniciativa reunirá 38 pesquisadores e docentes de 22 universidades do Brasil, Portugal e Inglaterra. As atividades serão realizadas presencialmente no Museu Cais do Sertão (Bairro do Recife) e terão transmissão ao vivo pelo Youtube da Secult-PE/Fundarpe

CARD_Seminário Bicentenário da Independência

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), por meio da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil, promove, entre os dias 29 e 31 de março, o Seminário Internacional “Tantos Brasis, Tantas Independências: Os Diversos Sentidos da Emancipação Política Brasileira”. As atividades serão realizadas presencialmente no Museu Cais do Sertão (Bairro do Recife) e terão transmissão ao vivo pelo Youtube da Secult-PE/Fundarpe (www.youtube.com/secultpe). As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas. Para se inscrever, as pessoas interessadas devem entrar em contato por meio do e-mail tantasindependencias@gmail.com.

A iniciativa reunirá 38 pesquisadores e docentes de 22 universidades do Brasil, Portugal e Inglaterra, que se dedicam ao estudo do processo de independência a partir de diversas perspectivas metodológicas e teóricas, lançando luz sobre os diversos atores e dinâmicas envolvidos na trama histórica. Ao longo de três dias, os especialistas vão expor suas pesquisas e reflexões em cinco conferências e 11 mesas-redondas.

O público-alvo são os docentes de história das redes públicas e privada, graduandos e pós-graduandos dos cursos de História e áreas afins, além de pesquisadores de instituições dedicadas aos estudos históricos e o público interessado no tema.

O seminário é uma realização da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil, coordenada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) para celebrar os 200 anos deste momento histórico.

Para isso, a Secult-PE convocou outras instituições para a realização deste evento: Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Núcleo de Estudos do Mundo Atlântico da UFPE (NEMAtl). Além disso, a iniciativa conta com o apoio integral da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe).

O seminário surge com o objetivo de pluralizar os olhares, de verificar a existência de variada gama de personagens e projetos e de descentrar a narrativa sobre a Independência. “As discussões a respeito da Independência do Brasil se apresenta como uma ação da mais alta relevância para compreendermos a formação de nossa sociedade, uma vez que se trata de debate que toca diretamente em questões cruciais para o nosso tempo, como por exemplo, as questões das desigualdades sociais e regionais”, destaca Gilberto Freyre Neto, secretário Estadual de Cultura.

A direção científica do evento ficou a cargo do professor George Cabral de Souza, presidente do Instituto Histórico de Olinda (IHO) e docente do Programa de Pós-Graduação em História da UFPE.

Chico Andrade/Divulgação

Chico Andrade/Divulgação

As atividades serão realizadas presencialmente no Museu Cais do Sertão (Bairro do Recife) e terão transmissão ao vivo pelo Youtube da Secult-PE/Fundarpe (www.youtube.com/secultpe)

“A história da Independência do Brasil foi, quase sempre, contada a partir de uma perspectiva centrada no Rio de Janeiro, que era a sede do nascente império. No entanto, é fundamental compreender que em outras áreas da América portuguesa foram colocados projetos alternativos de independência, e até mesmo, de permanência dos laços políticos com Portugal. Em termos de projetos alternativos, Pernambuco se destaca por ter realizado uma experiência de independência na reforma de república constitucional em março de 1817, mais de cinco anos antes do Grito do Ipiranga”, destaca George Cabral de Souza.

Segundo o professor, em 1821, para fazer valer as determinações emanadas pelas Cortes Constitucionais estabelecidas em Lisboa após a Revolução do Porto (24/08/1820), foi preciso derrubar o último governador português, o General Luís do Rego Barreto, que governava Pernambuco com mão-de-ferro desde junho de 1817. “Os habitantes da Mata Norte iniciaram um levante armado em Goiana (em 29/08/1821) que acabou colocando o Recife em cerco e forçou o general governador a partir juntamente com as últimas tropas portuguesas aqui situadas”.

A data comemorativa deste fato é o 5 de outubro de 1821, conhecida como Convenção de Beberibe, pois foi nesta localidade que se fez o tratado de paz. Isso significa que, quase um ano antes do 7 de setembro, Pernambuco já estava, na prática, livre do controle de Portugal. “As pressões políticas vindas do Rio de Janeiro e o temor das elites locais de que sem a força de um governo monárquico centralizado não fosse possível manter a escravidão, acabaram levando a adesão de Pernambuco ao imperador. No entanto, essa adesão não foi monolítica e as tensões subsistentes acabaram provocando um período de grande instabilidade política que culminaram na proclamação de uma república independente em julho de 1824, a Confederação do Equador”, complementa o professor.

Vale destacar que colaboram com a Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasi várias outras instituições de Pernambuco, dentre elas as Secretarias Estaduais da Casa Civil; Educação e Esportes; Ciência, Tecnologia e Inovação; Turismo e Lazer; e Imprensa.

Além disso, participam a Procuradoria-Geral do Estado; Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco (Fundarpe); Facepe; Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC); Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur); Companhia Editora de Pernambuco (Cepe); Universidade de Pernambuco (UPE); UFPE; Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana (IHAGGO); IHO; Academia Pernambucana de Letras (APL); Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP); Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas; Gabinete Português de Leitura em Pernambuco (GPL); Prefeitura da Cidade do Recife; Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) e Grande Oriente do Brasil (GOB).

“O envolvimento de vários setores da sociedade nesta comissão reforça a importância deste seminário, uma ótima oportunidade para discutir questões históricas e também para compreender como o que ocorreu naquele momento continua sendo crucial para entender o nosso tempo”, pontua Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

Serviço:
Seminário Internacional “Tantos Brasis, Tantas Independências: Os Diversos Sentidos da Emancipação Política Brasileira”
De 29 a 31 de março de 2022 (das 8h30 às 18h30)
Local: Museu Cais do Sertão (Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n, Bairro do Recife, Recife-PE)
Inscrições gratuitas. Certificado para ouvintes. Vagas Limitadas.
Inscrição pelo e-mail: tantasindependências@gmail.com

Confira a programação do Seminário Tantos Brasis, Tantas Independências: Os Diversos Sentidos da Emancipação Política Brasileira:

Terça-feira (29/03)

MANHÃ

8h30 – Credenciamento

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
9h30 – Abertura oficial

10h30 – Conferência I: A outra Independência.
Heloisa Starling (UFMG)

TARDE

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
14h30 – Conferência II: Os direitos do homem nos projetos constitucionais da Independência: a definição dos direitos subjetivos do cidadão.
Arno Wehling (IHGB/ABL)

16h – Mesa-redonda 01: Leituras e olhares sobre a Independência
Moderador: Arnaldo Martin Szlachta Júnior (UFPE)

A visão britânica sobre o Brasil no período da transição colônia-império.
Luciana Martins (Birkbeck, University of London)

Independência e representações visuais do século XIX: os nexos entre imagens e saberes sobre a formação histórica do Brasil
Cecília Helena de Salles Oliveira (Museu Paulista da USP)

As Abreviações Narrativas no Ensino de História do Brasil, uma perspectiva a partir da Didática da História.
Arnaldo Martin Szlachta Júnior (UFPE)

Sala Frei Caneca

16h – Mesa-redonda 02: Dimensões constitucionais e Direito Internacional na Independência
Moderador: Marcelo Casseb Continentino (UPE)

Independência Política ou Dependência Constitucional: percursos para elaboração da Constituição do Império
Marcelo Casseb Continentino (UPE)

A Independência do Brasil e o contexto internacional à luz do Direito.
Margarida Cantarelli (UFPE/IAHGP)

“Se revoltaram contra a Constituição actual do Estado”: contingência e indeterminação do constitucionalismo no Reino do Brasil (1821-1822)
Samuel Barbosa (USP)

Quarta-feira (30/03)

MANHÃ

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
9h30 – Conferência III: A Independência do Brasil: Revolução e Contra-Revolução
Carlos Guilherme Mota (USP/Mackenzie)

10h30 – Mesa-redonda 03: Ideias políticas na Independência do Brasil
Moderadora: Ana Rosa Cloclet da Silva (PUC-Campinas)

De volta ao passado: o Seminário de Olinda e as ideias na Independência
Guilherme Pereira das Neves (UFF/CNPq /IHGB)

A ideia de Império na independência do Brasil: herança e artefato
Ana Rosa Cloclet da Silva (PUC-Campinas)

Cipriano Barata: Uma Biografia Intelectual
Renato Lopes Leite (UFPR)
Profa. Dra. Christiane Marques Szesz/UEPG

Sala Frei Caneca

10h30 – Mesa-redonda 04: As Múltiplas Independências: cenários locais e regionais.
Moderadora: Edna Maria Matos Antônio (UFS)

Adesão de Sergipe ao processo de Independência: contexto, dilemas e questões. História e historiografia.
Edna Maria Matos Antônio (UFS)

A ação dos presos políticos de 1817 na guerra de Independência do Brasil na Bahia (1821-1823).
Pablo Magalhães (UFOB)

Entre revolução e autonomia: a experiência da junta de Goiana e da junta de Gervásio Pires (1821-1822) em governar Pernambuco.
Josemir Camilo de Melo (UFCG)

TARDE

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
14h30 – Conferência 04: Liberais & Liberais
Socorro Ferraz (UFPE)

16h – Mesa-redonda 05 – Escritos e ideias em movimento: impressos na época da Independência (1817-1824)
Moderador: Luiz Carlos Villalta (UFMG)

Entrada de impressos e circulação de ideias em Pernambuco na época da Independência (1817)
Gilda Verri (UFPE)

Vendem-se folhetos constitucionais: escritos de opiniões e sua circularidade entre os dois lados do Atlântico (1821-1823)
Lucia Bastos Pereira das Neves (UERJ)

Apropriações da História e das Luzes em Pernambuco (1817-1822)
Luiz Carlos Villalta (UFMG)

18h30 – Lançamento de livro

Sala Frei Caneca

16h – Mesa-redonda 06: As múltiplas independências: Grão-Pará e Maranhão, Espírito Santo e Minas Gerais.
Moderador: Marcelo Cheche (UEMA)

As Independências entre o Grão-Pará e o Maranhão
Marcelo Cheche (UEMA)

“Vosso santo grito Santo de Independência, ou Morte”: nem só de unidade se fez a autonomia na Província do Espírito Santo.
Adriana Campos (UFES)

O pomo da discórdia: o governo das províncias e a Independência do Brasil nas Minas Gerais (1822-1824).
Renata Fernandes (UFG)

1830 – Lançamento dos livros:
- Almanaque do Brasil nos tempos da Independência, de Jurandir Malerba (Ed. Ática).
- Independência do Brasil, de João Paulo Pimenta (Ed. Contexto).

Quinta-feira (31/03)

MANHÃ

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
8h30 – Mesa-redonda 07: Independências
Moderador: André Heráclio do Rego (MRE/USP)

Para além das fronteiras do Grão-Pará: o peso das relações entre as províncias no xadrez da independência (1822-25)
André Roberto Arruda Machado (Unifesp)

Francisco Muniz Tavares e a Independência do Brasil em Pernambuco.
Fred Cândido da Silva (UFPE)

Oliveira Lima: historiador das Independências.
André Heráclio do Rego (MRE/USP)

10h30 – Mesa-redonda 08: Historiografia(s) da Independência
Moderador: João Paulo Pimenta (USP)

Pernambuco entre Lisboa e o Rio e a escrita da Independência
Flávio Cabral (Unicap)

Democratizando a Independência: as efemérides e a escrita da história para grandes audiências
Jurandir Malerba (UFRGS)

As guerras de independência e o mito de uma história pacífica
João Paulo Pimenta (USP)

Sala Frei Caneca
10h30 – Mesa-redonda 09: Agências no processo de Independência do Brasil
Moderadora: Iara Lis Schiavinatto (Unicamp)

Sobre a presença, os sentidos e os usos das imagens nas independências, 1810-1830
Iara Lis Schiavinatto (Unicamp)

Posicionamento político/ideológico da província de Pernambuco no processo de Independência do Brasil
Maria de Lourdes Viana Lyra (IHGB)

“Nós, que presidimos a magistratura”: a atuação dos desembargadores do Tribunal da Relação de Pernambuco no processo de Independência (1821-1822)
Jeffrey Aislan de Souza Silva (UFPE)

TARDE

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
14h30 – Mesa-redonda 10: Ideais, paixões e interesses: os motores do processo de nossa Independência
Moderadora: Isabel Lustosa (CHAM/Universidade Nova de Lisboa)

Que Independência foi essa?
Isabel Lustosa (CHAM/Universidade Nova de Lisboa)

Portugueses, Brasileiros natos, brasileiros adotivos e outras identidades de fronteira: questões e divergências no processo de Independência.
Bruno Dornelas Câmara (UPE-Garanhuns)

Por mares tantas vezes navegados: Pedro de Araújo Lima e Holanda Cavalcanti entre Pernambuco e o Atlântico nas décadas de 1810 e 1820.
Paulo Cadena (Unicap)

Sala Frei Caneca
14h30 – Mesa-redonda 11: Memória, Pensamento e Educação
Moderadora: Maria Celi Chaves Vasconcelos (Proped/UERJ)

O IHGB, a memória da Independência e o “tribunal da posteridade”
Lúcia Maria Paschoal Guimarães (UERJ/IHGB)

A Teologia da Ilustração e o Seminário de Olinda
Antônio Jorge Siqueira (UFPE)

Mulheres educadas nas primeiras décadas do oitocentos: a imperatriz Leopoldina e as cartas que decidiram a independência do Brasil
Maria Celi Chaves Vasconcelos (Proped/UERJ)

Sala Pe. João Ribeiro (Auditório)
18h – Conferência V: Escravidão, tráfico atlântico e os caminhos da Independência do Brasil: o caso de Pernambuco.
Marcus Carvalho (UFPE)

18h15 – Encerramento

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