Marcenaria Olinda inaugura exposição “Manter em pé o que resta não basta”
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Localizada em Chã de Capoeira, no município de Paudalho (Mata Norte), a Marcenaria Olinda inaugura, no próximo sábado (3), a partir das 10h, a exposição Manter em pé o que resta não basta. A mostra, que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, fica em cartaz até o dia 9 de julho de 2023 (domingo). O acesso é gratuito. Para visitar a exposição, é preciso agendamento por meio do e-mail: marcenariaolinda@gmail.com. No dia do encerramento, será realizada uma roda de conversa aberta ao público, com Fernando Ancil, Ana Carvalho, Maria Silvanete Lermen, Gabriel Bogossian e o artista Carlos Mélo.
A exposição Manter em pé o que resta não basta vai reunir oito obras, a maior parte inéditas, que buscam refletir sobre a madeira em suas múltiplas dimensões: cultural, ecológica, como commodity e como material da produção artística. Em outra frente, as obras refletem também sobre o trabalho de uma marcenaria situada na Zona da Mata de Pernambuco e as trocas que sua oficina estabelece com o rico universo cultural do entorno.
Na exposição, o reaproveitamento de madeiras de segunda mão, que é marca da Marcenaria Olinda, desdobra-se em uma ação agroflorestal realizada com a artista Ana Carvalho. Nela, as mil mudas de pau-brasil que integram a obra Manter de pé o que resta não basta, que dá nome à exposição, vão ser plantadas em Serra dos Paus Dóias, sertão do Araripe. A obra assim configura-se como uma colaboração com a implementação de agricultura de baixa emissão de carbono, coordenada pela agroflorestora e benzedeira Maria Silvanete Lermen.
Com curadoria de Gabriel Bogossian, Manter em pé o que resta não basta toma seu título emprestado dos versos da canção Refazenda, de Gilberto Gil. Como explica Fernando Ancil, responsável pela Marcenaria Olinda, a exposição “se constrói no tempo cíclico da vida, na observação do espaço ao redor e em diálogo com ele, na fricção com a matéria de criação e sua transformação no tempo”.
O curador destaca a importância de abordar artisticamente os debates ecopolíticos atuais. “Nós não vamos resolver nada sozinhos, por isso é importante alimentar o debate público em torno da crise ambiental. A produção da Marcenaria dialoga com essas questões ao mesmo tempo em que mantém um diálogo profundo com a história da arte”, diz Bogossian.
Serviço
Abertura: 3 de junho, das 10h às 16h
Em cartaz de 3 de junho a 9 de julho
Roda de conversa: 30 de junho
Marcenaria Olinda
(81) 982051416
Granja Cajueiro de Cima, s/n, Chã de Capoeira, Paudalho – PE (Rua da Fábrica Walter Lopes BR 408, km 93,5)
