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Nota de pesar – Mestre Zé Duda

 

Tom Cabral/Secult-PE/Fundarpe

Tom Cabral/Secult-PE/Fundarpe

Mestre Zé Duda teve uma vida dedicada aos folguedos populares e passou o legado para novas gerações

O Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento do Mestre Zé Duda, no último dia 31 de maio. José Bernardo Pessoa, conhecido como Mestre Zé Duda, o “peito de aço” da poesia e da cultura popular, nascido na cidade de Buenos Aires, faleceu aos 84 anos. Mestre Zé Duda foi e é uma grande referência da cultura popular do estado de Pernambuco, atuando como Mestre de maracatu rural, cavalo marinho e cirandeiro, com uma voz inigualável e poesias de improviso, que atraía multidões. Ao saber que o Mestre Zé Duda se apresentaria, o público era garantido.

Ao longo de 65 anos de carreira como Mestre de Maracatu Rural, manifestação centenária Patrimônio Cultural do Brasil, ocupou palcos de festivais, carnavais, e turnês nacionais e internacionais, propagando esta manifestação da cultura popular, genuína do estado de Pernambuco. Atuou em vários grupos de maracatu  rural e permaneceu por 41 anos no Estrela de Ouro de Aliança, da Chã de Camará, Patrimônio Vivo de Pernambuco. Era casado com a mestra de maracatu rural Gil, do Maracatu Feminino Coração Nazareno. Deixa uma família partícipe dos brinquedos populares: esposa, três filhos, onze netos, doze bisnetos e um tataraneto.

Em 2015, por questões de saúde, se afasta das atividades de brincante. Sua vivência nos engenhos de açúcar desta região da Mata Norte, região que o abrigou em vida, no trabalho da cultura canavieira, vivência esta que permearia mais tarde os motes e poesias nas suas apresentações, encantando ao público que se identificava com estas poesias, e, sobretudo, com sua voz que lhe rendeu o título de “peito de aço do maracatu rural”. Deixa um legado relevante e inspirador, desde gerações atuais e as futuras. Seu apito se cala. Ao Mestre Zé Duda nosso reconhecimento e toda honraria.

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