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Zezé descobre o encanto das artes cênicas durante o FIG

Moradora do povoado de Frexeira (município de São João) foi ao teatro pela primeira vez para assistir o espetáculo dos Irmãos Brothers (RJ).

Por: Flora Noberto

A comerciante Maria José, 57 anos, descobriu o prazer de assistir um espetáculo cênico durante o fim de tarde de domingo (20). Pela primeira vez, Zezé (como gosta de ser chamada), pode desfrutar do riso, da surpresa e do encantamento ao ver cenas de dança e circo no teatro montado no Parque Euclides Dourado. A comerciante curtiu o espetáculo “Ritmo é tudo”, dos Irmãos Brothers Band, acompanhada pela neta Laura Maria, 8 anos. Zezé, dona de um pequeno bar, mora no povoado de Frexeiras, no município de São João, vizinho de Garanhuns.

“Eu amei esse momento. Vou voltar de novo no domingo e chamar duas amigas. Foi a primeira vez que vi um espetáculo como esse. Nunca tinha ido ao teatro antes”, falou emocionada ao final da apresentação. A história de Zezé é um pequeno exemplo da importância da difusão cultural proporcionada pelo FIG, evento realizado pelo Governo de Pernambuco. O Espaço da Dança e do Teatro para Infância traz apresentações, sempre às 16h. Nesta segunda (21), a atração é a peça “Bichos do Brasil”, de Bia Fraus (SP). Confira abaixo a programação com as sinopses de cada espetáculo.

Marcelo Soares/Secult-PE

Marcelo Soares/Secult-PE

Cotidiano é encenado com humor pelo grupo Irmãos Brothers (RJ).

INTEGRAÇÃO DE LINGUAGENS – O grupo Irmãos Brothers veio do Rio de Janeiro para realizar duas apresentações durante o 24º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). No sábado (19), o grupo abriu a programação de circo do FIG com espetáculo cômico de circo-teatro, recheado de ilusionismo, acrobacias e música. No domingo (20), a trupe mais uma vez mostrou a sua versatilidade com “Ritmo é Tudo”, uma montagem com elementos da dança e do circo, mas também com cenas de música. Não é à toa, que o grupo se define como uma “banda performática”, com integrantes instrumentistas, acrobatas, malabaristas e contorcionistas.

Marcelo Soares/Secult-PE

A montagem “Ritmo é Tudo” apresentou os diversos ritmos da vida cotidiana, com bom humor e sutilezas. Os artistas Tatiana Miranda e Bruno Carneiro interpretaram um casal durante um dia inteiro. As cenas mostram o acordar, o café da manhã, o trabalho até chegar ao momento do namoro numa noite de lua minguante. Na hora do banho, o casal dança e faz acrobacias com a toalha. Skates simulam carros num trânsito congestionado ao som de buzinas.

Com leveza, o espetáculo faz uma crítica ao ritmo acelerado das pessoas nas cidades grandes. Além disso, mostra que o dia a dia pode ser desfrutado com um ritmo mais agradável a partir das nossas próprias atitudes. Em certo momento diz: “A velocidade do relógio não muda. O que muda a cada segundo é o que está na frente dele: você”. O clima romântico chega ao final do espetáculo quando os skates viram barcos para encontro do casal, mostrando o ritmo poético do amor.

PROGRAMAÇÃO
Local: Espaço da Dança e do Teatro para Infância (Parque Euclides Dourado)
Horário: 16h
Entrada gratuita: Ingressos serão distribuídos no local das 14h às 15h30. Cada pessoa pode receber até 2 ingressos.
Lotação máxima: 400 pessoas
Confira outras notícias sobre artes cênicas AQUI.

Segunda-feira, 21/07
Bichos do Brasil (Teatro)
Pia Fraus| São Paulo-SP
Direção: Beto Andreetta
Duração: 50 minutos

Sinopse:
Utilizando-se dos bonecos, da música e da coreografia, o espetáculo apresenta uma sucessão de 15 esquetes que buscam por meio de recursos plásticos, mostrar a riqueza da fauna brasileira, retratando o cotidiano dos animais numa selva tropical.

Terça-feira, 22/07
A Menina Lia (Teatro)
Cia do Fubá| São Paulo-SP
Direção: Fernanda Gama
Duração: 1h

Sinopse: O espetáculo relata a história de uma garota inteligente e incompreendida pelos pais. Solitária, Lia só encontra refúgio na literatura. E é justamente ao conhecer o livro “Matilda” que Lia descobre que sua vida pode mudar para melhor. Para isso, no entanto, será preciso superar um obstáculo: diferentemente da personagem, a menina não possui nenhum poder extraordinário e terá de usar a cabeça para chegar a seu final feliz.

Quarta-feira, 23/07
Aruá, o Boi Encantado (Teatro)
Troupe Azimute| Garanhuns-PE
Direção: Julierme Galindo
Duração: 50 minutos

Sinopse: Lourenço, vaqueiro rico, dono de Voador que é o cavalo mais rápido da região, perturba-se com um boi estranho em suas terras e decide tentar capturá-lo, mas, dizem que “só um vaqueiro que não tem mau pensamento é que pode pegá-lo”. Depois de realizar várias tentativas sem êxito, ele segue para sua última perseguição, quando terá que enfrentar vários desafios, inclusive o de tentar vencer o seu orgulho ou perder seu melhor amigo.

Quinta-feira, 24/07
O Tempo Perguntou ao Tempo (Dança)
Grupo Acaso| Recife-PE
Direção: Bárbara Aguiar
Coreografia: Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe
Duração: 1h

Sinopse: Uma viagem lúdica ao mundo das parlendas, cantigas e brincadeiras de nossas infâncias. Uma busca baseada nas manifestações, histórias e canções em comum com Portugal, mantendo contato com a tradição das brincadeiras. Com personagens diversos e bastante conhecidos do nosso imaginário coletivo infantil e uma pesquisa teatral e coreográfica desenvolvida a partir das memórias dos artistas, este é um espetáculo para crianças de todas as idades.

Sexta-feira, 25/07
Os Sete Buracos (Dança)
Compassos Cia. De Danças| Recife-PE
Coreografia: Luís Roberto
Duração: 50 minutos

Sinopse: Cheiros, cores, luzes, gostos, músicas e barulhos, vozes, abismos, respiração. Em “Os Sete Buracos” o jogo cênico propõe o encontro entre a dança e o teatro em quatro atos com ritmos próprios, desenvolvidos a partir da leitura do coreógrafo e do elenco, daquilo que entra e sai pelas narinas, pela boca, pelos olhos e pelos ouvidos. Cada uma das partes é precedida por um prólogo e com a utilização de vídeos, fotografias e sons, o público é provocado a pulsar junto e a se conectar com “buraco” escolhido para conduzir a cena seguinte.

Sábado, 26/07
Guia improvável para corpos mutantes (Dança)

Projeto Guia improvável para corpos mutantes| Porto Alegre-RS
Direção: Airton Tomazzoni
Duração: 45 minutos

Sinopse: A habilidade das crianças em pensar o corpo, reinventando-o, tanto ao representa-lo em desenhos e esculturas quanto ao brincar, facilmente mudando de identidade, de tamanho e de forma, foi ponto de partida para o espetáculo que, através da ideia de manuais e guias com orientações, busca jogar com os sentidos possíveis e criar um universo imaginário e lúdico para o corpo que dança. Seguindo esse caminho, criaram-se artifícios para assumir outros rostos, para reconfigurar o corpo, para mover-se diferentemente … O tema é bastante presente no universo infantil e caro ao grupo, artística e filosoficamente: o corpo como condição de possibilidade de se reinventar.

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