Banda mais antiga do Sertão se apresenta no palco das Culturas Populares neste sábado (31)
Com mais de 130 anos de existência, a Orquestra de Frevo Clube Central Isaias Lima de Triunfo se apresentou na Praça Major França.
Postado em: PE Meu País
Imagens: Afrorec
Texto: Isabella Ferreira
O palco das Culturas Populares entrou em seu segundo dia neste sábado (31), recebendo a quarta orquestra de frevo mais antiga do estado e a mais antiga do Sertão pernambucano: a Orquestra de Frevo Clube Central Isaías Lima, de Triunfo. O frevo deu espaço para outros bens culturais, como o repente, um patrimônio imaterial nacional tombado pelo Iphan.
A banda foi incluída na galeria de Patrimônios da cidade em 2007 e homenageou outros patrimônios vivos do estado, como Jota Michilles e o hino da Troça Carnavalesca Elefante de Olinda, durante sua performance para o público na Praça Major França.
Fruto da junção das orquestras mais conhecidas da região, Garra e Fumo, o Clube Central comemora 134 anos em 2024.
“Tenho uma grata satisfação de estar há 35 anos na banda; desde a minha infância até hoje, faço parte da banda. [...] Temos esse repertório baseado no que tocamos no carnaval, já que fazemos carnaval de rua lá em Triunfo. Mas, fora desse período, tudo o que tocamos é cultural, de músicas autorais e tradicionais da região, e assim vamos levando”, afirmou o presidente da orquestra, Ricardo Lima, de 47 anos.
Citando a música autoral “Senhor das Ladeiras”, o presidente reforçou a importância de festivais como o Pernambuco Meu País, que oferecem uma oportunidade de disseminar a arte do frevo, inspirada em referências culturais de outras regiões, como a do Sertão.
Após as inspirações sertanejas dos patrimônios municipais de Triunfo, foi a vez dos repentistas Adeilto Oliveira e Zé Carlos do Pajeú, ambos da cidade de Tabira, no Sertão pernambucano, cantarem sobre o que suas vistas alcançavam. Com as violas em mãos e olhos rápidos, cada assunto virava poesia.

Repentistas Adeilto Oliveira e Zé Carlos do Pajeú, da cidade de Tabira, durante o Festival Pernambuco Meu País.
Por último, os batuques do Afoxé Alafin Oyó, vindos diretamente do largo da Praça do Fortim de Olinda, trouxeram histórias e tradições ancestrais para o largo da Praça Major França.

