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Última noite do palco Pernambuco Meu País celebrou o forró, a sanfona e a diversidade sonora no coração de Arcoverde

Com cerca de 150 mil visitantes e R$ 15 milhões gerados para a economia local, o Festival Pernambuco Meu País encerrou a sua programação com grandes nomes da música nordestina e celebração à cultura regional

Foto: Juana Carvalho/Secult-PE/Fundarpe

Foto: Juana Carvalho/Secult-PE/Fundarpe

Dominguinho

Depois de duas noites vibrantes com ritmos que foram do samba ao trap, do soul ao manguebeat, o palco Pernambuco Meu País, no Pátio de Eventos da Estação da Cultura, em Arcoverde, encerrou sua programação neste domingo (31) com shows marcados por emoção, tradição e encontros inesquecíveis. A terceira e última noite reuniu ícones e novas vozes da música nordestina, com apresentações de João do Pife, Quinteto Violado, Petrúcio Amorim, Batista Lima e o aguardado projeto Dominguinho, com João Gomes, Jota.Pê e Mestrinho.

Mais do que um espetáculo multicultural, o evento gerou um impacto significativo na economia local: 150 mil visitantes passaram por Arcoverde, com lotação máxima nos hotéis da cidade e alta demanda na região. A comercialização nos dois principais polos do evento movimentou cerca de R$ 200 mil, e o impacto econômico total foi de R$ 15 milhões injetados no município-sede, evidenciando a importância cultural e econômica do evento para todo o estado.

A programação teve início ainda no final da tarde com João do Pife, nascido em Riacho das Almas, no Agreste pernambucano. Mestre na arte de fabricar e tocar pífanos, João encantou o público com sua autenticidade e musicalidade ancestral. O artista, que representa a tradição viva da cultura popular, abriu os caminhos da noite com sua presença emblemática e um repertório que dialogou com a memória afetiva do Nordeste.

Com a chegada da noite, o palco recebeu o Quinteto Violado, grupo criado em 1970 no Recife e que segue como referência na interpretação e pesquisa da música nordestina brasileira. Marcelo Melo, Ciano Alves, Roberto Medeiros, Dudu Alves e Sandro Lins trouxeram ao público o espetáculo que celebra a identidade nordestina, com clássicos como “Conto do Canto”, além de releituras emocionantes de “Vidas Pra Contar”, de Djavan, “Asa Branca”, “Morte de um Vaqueiro”, “Acauã”, de Luiz Gonzaga, e “Morena Tropicana”, de Alceu Valença.

Na sequência, Petrúcio Amorim, o poeta do forró, natural de Caruaru, subiu ao palco abrindo o show com seu clássico “Cenário de Amor” e conduzindo um setlist que passeou por grandes sucessos, como “Anjo Querubim”, cantada em coro pelo público. O momento especial ficou por conta da participação de Pecinho Amorim, filho do artista, em um emocionante encontro de gerações. O encerramento da apresentação teve clima junino com faixas como “Olha pro Céu”, de Luiz Gonzaga, em um tributo às tradições das festas de São João.

O romantismo tomou conta da noite com Batista Lima, que trouxe no repertório os grandes sucessos da época em que liderava a banda Limão com Mel, como “Minha Vida Sem Você”, “E Tome Amor” e “Luz, Câmera, Ação”, além de canções autorais. Com seu carisma e voz marcante, Batista emocionou os fãs e entregou um show repleto de afeto e nostalgia.

Fechando com chave de ouro, o palco recebeu a primeira apresentação aberta ao público do projeto Dominguinho, reunindo os artistas João Gomes, Jota.Pê e Mestrinho em um show que reverberou a força da música nordestina contemporânea. De cenário, casas coloridas de Olinda projetadas no palco, criando um clima de calmaria e festa.

Em coletiva à imprensa, o cantor João Gomes compartilhou sua empolgação e expectativas para o show, dizendo: “É uma honra pra nós, dá aquele frio na barriga, estamos aqui na porta do sertão, né? Se nada der certo com as nossas músicas, a gente parte pro forrózão pesado por aí. Sabemos que o público vai colar com a gente. E sei que estão curiosos pra ver o show, né? Então, que possamos corresponder a essa expectativa e que seja uma noite iluminada”, brincou e afirmou.

Com sanfona, vozes e timbres distintos, os três artistas conduziram um show vibrante, com hits como “Beija Flor”, “Arriadin Por Tu” e “Mete um Block Nele/Ela Tem”. Momentos intimistas também marcaram o espetáculo, como o voz e violão de Jota.Pê com “Ouro Marrom”, canção que lhe rendeu um Grammy. O set ainda incluiu o “Baile Dominguinho”, com versões dançantes de músicas de Belchior, além de homenagens a nomes como Geraldo Azevedo, com “Dona da Minha Cabeça”, Marina Aydar, com “Te Faço um Cafuné”, e Petrúcio Amorim, com “Anjo Querubim”.

Sobre o Festival Pernambuco Meu País

O Festival Pernambuco Meu País é uma iniciativa do Governo do Estado de Pernambuco, promovida por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e da Empetur, em parceria com os municípios-sedes participantes. O evento tem como propósito valorizar e difundir a diversidade cultural pernambucana, fortalecendo a economia criativa, estimulando o turismo e promovendo o acesso democrático à arte em suas múltiplas linguagens.

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