Exposição Casa Habitada em reta final no CAC-UFPE
A mostra reúne trabalhos dos fotógrafos Ulisses Moura, Dhyego Lima e Nivaldo Carvalho na Galeria de Arte Capibaribe
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Com incentivo de editais da Política Nacional Aldir Blanc Pernambuco (PNAB) do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura do Estado, direcionada pelo Ministério da Cultura do Governo Federal, a exposição Casa Habitada segue com visitação até a sexta-feira (07/11) na Galeria de Arte Capibaribe, no CAC-UFPE. A mostra dos fotógrafos pernambucanos Ulisses Moura, Dhyego Lima e Nivaldo Carvalho aborda o universo doméstico, com sua intimidade, memórias e afetos. A exposição, que tem curadoria da professora Milena Travassos, foi aberta no início de outubro e, desde então, movimentou a Galeria Capibaribe com diversas atividades e trocas entre artista, público e curadora.
Com 38 obras, entre fotografias de variadas dimensões e uma videoarte, a exposição mergulha no cotidiano de pessoas ligadas afetivamente aos fotógrafos. As casas, habitadas por pessoas e cenários, tornam-se personagens centrais das narrativas visuais, nas quais objetos ordinários — como uma cadeira de balanço, um varal ou uma televisão — ganham significado poético.
Ainda que partam do registro da realidade, o trio não se propõe a trazer “verdades”, “testemunhos”. As imagens buscam incitar a imaginação e fomentar o diálogo. Por isso, a adoção do conceito de “documentário imaginário”, desenvolvido pela pesquisadora Kátia H. Lombardi, que oferece ferramentas para realizar apropriações e reconstruções na contemplação desse conjunto de imagens.
“A autora ressalta, além do caráter técnico das imagens fotográficas, suas particularidades culturais e estéticas. Cada foto é passível de modulações provocadas por elas, por seu contexto temporal e espacial, como também por quem as olha. O documentário misturado com o imaginário ofereceu-nos abertura para exercitarmos um recorte poético ao pensar a montagem da exposição e a leitura das obras”, explica a curadora Milena Travassos.
Dentro dessa proposta, a curadoria organizou o percurso em três eixos temáticos derivados das próprias imagens: “Solidez”, com o ensaio de Ulisses Moura sobre sua avó, dona Hozana; “Limite”, explorado por Dhyego Lima através das janelas que demarcam o dentro e o fora; e “Fluxo”, onde Nivaldo Carvalho registra a mudança de sua casa, tratando objetos e corpos como rastros fugidios.
