Alunos, pais e professores de Garanhuns conversam com integrantes do Quinteto Violado
A EREM de Garanhuns recebeu o projeto Artistas nas Escolas, que pela primeira vez acontece no FIG.
Postado em: Festival de Inverno | Música
Por: Paulo Costa
Integrando a ação especial “Artistas nas Escolas”, o Quinteto Violado conversou com alunos, pais, mães e professores da Escola de Referência em Ensino Médio de Garanhuns sobre sua experiência de mais de 40 anos de música, ontem, 24/7. Estudantes que já fizeram show no Festival de Inverno e outros que desenvolvem seus talentos musicais tiveram a oportunidade de interagir com a banda e obter conhecimentos que podem ser importantes para suas carreiras e suas vidas.
“O Quinteto Violado está completando 44 anos de trajetória pelo Brasil e o mundo. Essa conversa aqui é uma oportunidade de trocarmos nossa vivência com muitos jovens. A música transforma as pessoas e pode mudar para melhor vida deles que, futuramente, também podem contribuir para fazemos da cidade, dos pais – e até do mundo – um lugar melhor, como revolucionários do bem. Nossa banda tem intimidade com essa terra, a maioria do grupo é de Garanhuns, filhos daqui, iguais aos alunos dessa EREM, por isso nos sentimos em casa com esse encontro”, disse Marcelo Melo, do Quinteto Violado.
“As escolas têm grandes talentos que podem se propagar no Festival de Inverno e na vida, como o ex-aluno Hercinho Gouveia, que tocou com sua banda no Palco Dominguinhos, agora no FIG 2015. O projeto Artistas nas Escolas proporciona uma troca valiosa porque os estudantes podem colher informações e experiências. Esse encontro com o Quinteto Violado desmistifica a aura de celebridade criada pela mídia, as pessoas percebem que eles são gente como a gente e, quem tem sonho de seguir carreira artística, vê que existem caminhos práticos para se chegar lá. É muito bom também porque nossa escola todo ano faz um festival de música e queremos realizar este festival dentro do FIG. Talvez esse evento de hoje seja um passo decisivo para alcançarmos esse sonho”, Maria Perpétua Teles Monteiro, diretora da escola.
Outros integrantes do Quinteto também conversaram com alunos e alunas, falaram de suas trajetórias, lembrando também que tocaram no primeiro FIG e influenciaram o surgimento do Palco Instrumental.
Costa Neto

Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, ressaltou a importância da cultura para fortalecer a cidadania.
No projeto Artista na Escola, estiveram presentes também a escritora Luzilá Gonçalves, filha de Garanhuns, e homenageada pelo FIG 2015; André Brasileiro, coordenador do Festival de Inverno e a presidente da Fundarpe, Márcia Souto que explanou: “Com esta ação unimos educação e cultura para formar cidadãos melhores, mais conscientes, críticos e participativos. É importante para cidade, para o estado e o país. Pela primeira vez realizamos o projeto no Festival de Inverno.”
“Esse contato é importante porque a troca de experiências aproxima a cultura feita no mundo com a cultura local. Isso é positivo porque a gente aqui se sente muito isolado. Tomara que a iniciativa continue nos próximos anos”, ressaltou Hercinho Gouveia, ex-aluno da EREM, que tocou no primeiro sábado do FIG, no Palco Dominguinhos. Ele adiantou que está para fazer um EP ainda este ano, “Hercinho e os Cabas”, com raízes do agreste e sons contemporâneos, um trabalho autoral.
“Esse encontro é uma aprendizagem pra os alunos e acho que também pra os artistas”, frisou Gisele Araújo, 18 anos, aluna da EREM.
“É um bom incentivo pra mim, porque toco violão. São grandes músicos (O Quinteto) que podem nos oferecer muita experiência”. Welisson Mateus, 17 anos, aluno do segundo ano do ensino médio.
Artistas nas Escolas com o Quinteto Violado também despertou esperanças em algumas mães de alunos e alunas. “Como mãe, me sinto orgulhosa de meu filho poder participar desse encontro. Isso pode ajudar muito o futuro dele”, pontuou Cleide dos Santos, mãe do aluno Igor, do primeiro ano do ensino médio, que toca guitarra, violão e canta.
No final do bate-papo, Quinteto Violado visitou as dependências da escola e foi entrevistado por um grupo de alunos para o jornal e a rádio que eles fazem.

