Cláudio Ferrário é personagem da mostra especial do Cine É Proibido Cochilar
Postado em: Audiovisual
por Leonardo Vila Nova
O Cine É Proibido Cochilar, realização da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE/MinC), continua, neste mês de setembro, com uma mostra especial que exibe produções que marcaram a programação da TV Viva. Na edição desta quinta (3), o público poderá conferir episódios do programa “Bom Dia, Déo”, que tinha como protagonista o ator Cláudio Ferrário, intérprete do personagem Brivaldo. A sessão será às 19h, na Casa do Patrimônio de Olinda, no bairro do Amparo.
No programa “Bom Dia, Déo”, Brivaldo, personagem de Cláudio Ferrário, era um repórter de rua, engraçado e sarcástico, que usava e abusava do humor para debater sobre coisas sérias. “A gente fazia aquele agito nas ruas e uma roda, com o público, se formava. O Brivaldo era um tipo de Mateus em meio ao povo. A intenção era, com humor e sarcasmo, pegar a opinião das pessoas sobre assuntos sérios, com temas como AIDS ou ‘todo homem tem seu preço?’”, conta Cláudio.
“Bom Dia, Déo” teve mais de 20 episódios mensais, exibidos entre os anos de 1984 e 1992. Além de Ferrário, o diretor Nilton Pereira também participava do programa sob a alcunha de Dagoberto, camera man com o qual Brivaldo interagia frequentemente. Nilton e Cláudio participarão, também, de um bate-papo sobre o programa, após a exibição dos filmes, relatando a importância dessa programação independente. “A TV Viva, mesmo com essa coisa de trazer uma programação mais leve ou engraçada, nunca foi de jogar conversa fora”, pontua Cláudio. “Tudo tinha uma razão de se fazer. O programa tinha muito isso de estimular reflexões, mesmo com humor. As pessoas aprendem muito com o riso, com o humor. Ele não deseduca, muito pelo contrário. Claro, dependendendo da forma como se faz”, completa.
Sobre a TV Viva
Criada em 1984 pelo Programa de Comunicação do Centro de Cultura Luiz Freire, na cidade de Olinda (PE), a TV Viva foi formada por vários diretores, como Eduardo Homem e Cláudio Barroso, e percorria os bairros da periferia da Região Metropolitana do Recife para veicular sua programação. Pioneira na concepção alternativa de TV popular, ela atuava no mercado de vídeo educativo e institucional. Suas primeiras produções retratavam a realidade cotidiana dos próprios bairros, onde eram exibidas em telões semanalmente. O grupo teve seus trabalhos adquiridos pela Abril Vídeos e a BBC londrina e participou do 3º Festival Videobrasil com a obra “Amigo Urso”, em 1985.
SERVIÇO
Cine É Proibido Cochilar – Mostra de programas da TV Viva
Quinta (6), às 19h
Casa do Patrimônio de Olinda | Rua do Amparo, 59, Amparo – Olinda/PE
Entrada franca
