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Convidado: Antônio Torres

antônio pinheiro

Escritor e jornalista brasileiro, nascido em Sátiro Dias, Sertão da Bahia, radicado no Rio de Janeiro. Descobriu a vocação literária na escola rural de sua terra, incentivado pela professora. Logo começou a escrever as cartas dos moradores da cidade, a recitar poemas de Castro Alves na pracinha da cidade, a ajudar o padre a rezar missa em Latim. Estudou em Alagoinhas e Salvador, onde se tornou repórter do Jornal da Bahia. Foi jornalista e publicitário em São Paulo e em Portugal.

Tem livros traduzidos em mais de 11 países, havendo sido condecorado com o título de “Chevalier des Arts et des Lettres” pelo governo de França.

Torres situa sua literatura no regionalismo voltado à temática sertaneja (donde se diz ser uma literatura sertanista ou sertaneja); sua releitura procura, a despeito daquilo que já foi publicado em outros autores desta seara, demonstrar os estereótipos da paisagem e personagens – que traz todos, até de forma irônica, noutras passagens séria, como em Essa Terra, de 1976.

Torres, em Meu Querido Canibal (de 2000) figura o indígena brasileiro como nos relatos de viagem, com uma narrativa pós-moderna, revisitando o estilo tão comum nos tempos coloniais. Ao retratar o personagem histórico Cunhambebe, o autor procura inverter os valores cristãos que o qualificavam na historiografia como “selvagem”, para fazê-lo um “herói” e desconstruir a dicotomia colonial.

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