Cantoria Agreste homenageia Dominguinhos nesta quinta-feira (18)
Projeto formado por Marcelo Melo, Sérgio Andrade, Gennaro e João Neto começa uma nova fase musical em que, além das músicas de Dominguinhos, também apresenta novas composições.
Postado em: Música
Um encontro de gigantes, o Cantoria Agreste foi criado em 2017 com a proposta de fazer uma justa homenagem a Dominguinhos e agora assume cada vez mais os traços de supergrupo. Isso porque o projeto começa a gerar novos frutos agora e marca a reunião entre Marcelo Melo, do Quinteto Violado, Sérgio Andrade, fundador da Banda de Pau e Corda, o sanfoneiro Gennaro e o guitarrista João Neto, que fez parte da banda de Dominguinhos durante 13 anos. Depois de um ciclo de apresentações bem-sucedidas pelo Brasil, passando por cidades como São Paulo, Garanhuns, Recife, Fortaleza, João Pessoa e Campina Grande, o quarteto agora volta à capital pernambucana para celebrar o novo momento nesta quinta-feira (18), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, que fica no Parque Dona Lindu.
A apresentação é parte da programação do 24º Janeiro de Grandes Espetáculos, que tem apoio do Governo do Estado, através do Funcultura, e simboliza um novo momento dentro da trajetória do Cantoria Agreste que, apesar de ainda manter o tributo ao sanfoneiro garanhuense, também apresentará novas composições autorais, que nasceram de parcerias entre os músicos integrantes. “A experiência foi muito, onde o cantoria se apresentou, foi bem recebido, porque somos quatro pessoas com uma experiência musical muito rica. Isso tudo nos deixou muito entusiasmados, acho que o Cantoria tem muito campo para trabalhar”, comentou o músico Marcelo Melo, ao explicar que as novas canções também se inserem no mesma estética sonora que foi desenvolvida para as releituras de Dominguinhos.
Executado por violões, sanfona, triângulo, carron e zabumba, o repertório conta com músicas emblemáticas do sanfoneiro, como “Arrebol”, “A Fé no Lavrador”, “Lamento Sertanejo” e “Trens Madrugueiros”. As duas últimas primeiramente gravadas pelo Quinteto Violado e pela a Banda de Pau e Corda, respectivamente, evidenciando a íntima ligação e o domínio dos integrantes do Cantoria Agreste sobre a obra do homenageado. O setlist do show ainda vai além das canções inéditas e do tributo, abrindo espaço também para compositores cujos trabalhos se conectam com a música do mestre que melhor traduziu a sonoridade agrestina. Assim, também pode entrar no roteiro clássicos, como “O Plantador” (Geraldo Vandré) e “Asa Branca” (Luiz Gonzaga/Humberto Texeira), por exemplo.
Porém, como é momento de comemorar o novo, o quarteto de veteranos também conta com a participação de gerações mais novas, bem representadas pelo músico PC Silva e pelo flautista César Michiles, filho do compositor Jota Michiles. Natural de Serra Talhada, PC cantará um repente de sua autoria, intitulado “Ciclone”, que ganhou novos arranjos do Cantoria Agreste, enquanto César tocará músicas como “Aquela Rosa”, de Geraldo Azevedo. “Esse show, será uma ótima oportunidade para quem ainda não conseguiu ver o projeto, porque talvez seja a última apresentação nesse formato de homenagem. Depois, devemos dar continuidade a essa musicalidade dos novos compositores de Pernambuco”, explicou Sérgio Andrade, sobre o futuro do projeto, que planeja permanecer apresentando o agreste como uma região de transição entre o sertão e o litoral e, por isso, também de confluência entre as culturas das diversas paisagens do Estado.
>> Os ingressos para a apresentação no dia 18 de janeiro, no teatro Luiz Mendonça custarão R$ 40 e R$ 20 e já estão disponíveis pelo site CompreIngressos ( https://compreingressos.com/espetaculos/9853-cantoria-agreste) e na central de vendas do 24º Janeiro de Grandes Espetáculos, no teatro de Santa Isabel.
SERVIÇO:
Cantoria Agreste
Quando: 18 de janeiro, às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
