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NOTA DE PESAR – Mestre Sebastião Biano

O Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) recebe, com pesar, a notícia do falecimento de um dos maiores representantes da cultura pífano, Sebastião Biano, 103 anos de idade, neste sábado, 27 de agosto.

Como é peculiar na maioria dos tocadores de pífanos nos grotões do Estado, Mestre Biano foi um exímio autodidata no instrumento. Nasceu diferenciado em talento, como ave que gorjeava com maior naturalidade todos os sopros rítmicos originários da arte pifeira.

De seu canto melódico e transcendental ecoou, para além de suas fronteiras, contagiando em cheio outros artistas de primeira grandeza, como também serviu de inspiração para movimentos norteadores de gêneros musicais, como baião, tropicália e manguebeat.

O ponto marcante de sua historiografia artística se deu ao tocar pífano aos sete anos de idade durante o casual encontro de ritual religioso com Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. A perda do mestre Biano representa a quebra do último elo remanescente da lendária Banda de Pífanos de Caruaru.

Por vicissitude de seus cento e três anos, coube-lhe o prazer, satisfação e a realização de desfrutar, ainda em seus últimos suspiros, da histórica reunião do CEPPC que reconheceu, concedeu e instituiu o Registro de Patrimônio Cultural Imaterial para as Bandas de Pífanos.

A história da arte do pífano confunde-se com a trajetória de vida de Sebastião Biano por onde quer que tenha andado. Suas pegadas e seu cântico definitivamente estão marcados nos caminhos que o preservará nos anais do CEPPC.

Sebastião Biano viverá enquanto formos dignos do legado artístico-musical, que ele deixa como herança cultural de sua arte e do seu talento.

Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco (CEPPC/PE)

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