Ao som da música pernambucana, FPNC fecha com chave de ouro
Lucas e a Orquestra dos Prazeres, Samba de Coco Trupê de Arcoverde, Café Preto e Lirinha foram as atrações da noite
Postado em: Fundarpe | Música | Pernambuco Nação Cultural | Secretaria de Cultura
A música contemporânea de Pernambuco ficou em evidência neste sábado (11) durante a última noite de shows e da programação do Festival Pernambuco Nação Cultural no Sertão do Moxotó, realiza em Arcoverde. Quem subiu ao Palco Nação Cultural desta vez foram as atrações Lucas e a Orquestra dos Prazeres, Samba de Coco Trupê de Arcoverde, Café Preto e Lirinha, que se apresentaram diante de uma plateia imensa e ávida por um som gostoso de se ouvir. As expectativas foram atendidas e todo mundo caiu na dança madrugada adentro.
Revelação na música brasileira, com um som bastante amarrado conceitualmente, Lucas e a Orquestra dos Prazeres fizeram a abertura dos trabalhos no festival em grande estilo. O espetáculo do grupo é composto por uma mistura perfeita entre música, movimento e muita percussão. Ao todo, são 17 integrantes, contando com Lucas, que constroem uma sonoridade daquelas de levar a pessoa ao transe.
Ao longo de sua vida Lucas teve o privilégio de entrar em contato com os ensinamentos de vários mestres e da própria família, ativista na formação cultural no Morro da Conceição. Lucas e Orquestra dos Prazeres é um trabalho no qual Lucas retorna ao início de sua caminhada e rebusca todo o ensinamento por ele adquirido. “A orquestra nasceu em 2009 e chega nesse momento depois de tanto tempo querendo fazer um espetáculo com essa atmosfera”, comemora o artista, que sempre que viaja para o exterior ou região do Brasil compra um instrumento pra somar no meu trabalho.
A segunda apresentação da noite ficou a cargo do Samba de Coco Trupê de Arcoverde, fundado em 2009, e que fez uma festa bonita no Palco Nação Cultural. Em vários momentos, o público acompanhou as canções com rodas de coco, sem arredar o pé momento algum. O Mestre Ciço Gomes, líder do grupo, interagiu várias vezes com o público relatando a trajetória do Coco em Arcoverde. Outro ponto alto da apresentação dos arcoverdenses foi a disputa numa dança de coco entre dois integrantes do grupo, com as típicas sandálias de madeira.
Bastante bem recebida pela plateia, a banda Café Preto mostrou que a cada show que faz fica melhor e mais entrosada tecnicamente. Segundo Cannibal, apesar das referências jamaicanas, não é uma banda de reggae, mas sim de dub com outros elementos, como samba. Sobre a participação no Festival Pernambuco Nação Cultural, pela primeira vez, Cannibal ressalta que o resultado obtido foi dos melhores.
“A Café Preto é uma banda nova, mas com integrantes que já têm uma bagagem e estrada. A gente já sabe mais ou menos que caminho trilhar. Vim pra cá pra Arcoverde dentro do Festival Pernambuco Nação Cultural é algo que eu sei que muitas bandas querem, porque tem um som bom e um tratamento legal por parte da Fundarpe”, explica o cantor do Alto José do Pinho.
Mas a atração mais aguardada da noite foi Lirinha, que assim como o Samba de Coco Trupê de Arcoverde é nascido no município sertanejo e lá pavimentou os primeiros tijolos da sua carreira artística, ainda com o Cordel do Fogo Encantando. O show no Palco Nação Cultural foi uma oportunidade que ele teve para apresentar novamente na sua terra as músicas do seu disco solo, intitulado Lira (2011). Durante a apresentação, repleta de poesias e com a interpretação típica de Lirinha, o cantor fez uma homenagem à Ângela Rô Rô, que iria se apresentar junto a ele no palco. Em seguida, Lirinha cantou a música Renúncia, um dos principais sucessos de Rô Rô.
“Minha Arcoverde, foi uma honra estar de volta. Muito obrigado ao Festival Pernambuco Nação Cultural pela oportunidade”, agradeceu Lirinha, que agora se prepara para lançar o segundo disco da carreira solo. “Agora estou finalizando o meu segundo CD, que se chamará Lira – Volume 2, com produção de Pupillo (Nação Zumbi) e previsão de lançamento no começo do ano que vem. Estou focando todas as minhas forças neste novo projeto”, comenta o cantor.
Para Severino Pessoa, presidente da Fundarpe, a avaliação sobre os shows em Arcoverde é bastante positiva. “O nível das atrações que tivemos no Palco Nação Cultural foi de alta qualidade. Tivemos na sexta (10), por exemplo, nada mais nada menos que Quinteto Violado e Amelinha. Foram shows que marcaram a noite. Neste sábado (11) encerramos com o Lirinha, um artista da terra que adquiriu respeito de todo o Brasil”, avalia Severino Pessoa.




