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Circo e Dança mesclam contemporaneidade e tradição no FIG

Por: Márcio Bastos

Revelar as potências das diferentes expressões artísticas é um dos principais objetivos da Mostra de Artes Cênicas do 26º Festival de Inverno de Garanhuns, que além do teatro contempla também a dança e o circo, com atividades entre os dias 23 e 30 , no Teatro Luiz Souto Dourado, na lona montada no Parque Euclides Dourado, e em polos ao ar livre. As duas linguagens ganham destaque no evento com companhias e espetáculos que mesclam tradição e contemporaneidade, evidenciando uma produção preocupada em manter sua identidade ao mesmo tempo em que se reinventa diariamente diante do público.

Ravaneli Mesquitta

Dança que Ninguém Quer Ver, da Companhia Gira Dança (RN). Foto Ravaneli Mesquitta/Divulgação

Dança que Ninguém Quer Ver, da Companhia Gira Dança (RN).

No âmbito da dança, elementos da cultura popular e o pensamento da dança contemporânea, com a dilatação das possibilidades do corpo, caminham lado a lado em espetáculos que propõem uma reflexão sobre o tempo presente, observando problemas da sociedade atual através de passos que de forma explícita ou metafórica traduzem essas questões. É o caso de Dança Que Ninguém Quer Ver, da Companhia Gira Dança (RN), que ganha sessão segunda-feira (25/07), às 19h. A obra é construída a partir do seguinte questionamento interno do grupo: qual é a dança que queremos fazer/ser enquanto coletivo? E o que o público espera ver em cena? O que esses corpos querem dizer?

Essas subjetivações estão presentes também em Frestas, Fôlego e Pele, do Balé da Cidade de Campina Grande (PB), com apresentação na quarta-feira (27/07). O espetáculo busca tensionar os limites da técnica, indagando-se sobre qual o lugar da criatividade na concepção artística da dança. Em um limiar entre o movimento repetido à procura do ideal da perfeição e a simplicidade do corpo que se move e se expressa, o lugar do artista na cena e no mundo ganha relevo especial.

Divulgação

Divulgação

Frestas, Fôlego e Pele, do Balé da Cidade de Campina Grande (PB).

A cultura popular é também destaque na grade de dança do FIG. No sábado (23/07), o Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife apresenta Nações Africanas, primeiro espetáculo do grupo após a morte de seu fundador, Ubiracy Ferreira, que destaca as expressões artísticas da dança da África e suas influências no gingado e movimento afro-brasileiro. A obra ganha contornos ainda mais especiais dada a relação do coletivo com Naná Vasconcelos, grande homenageado da 26ª edição do festival.

“Naná teve uma relação muito próxima com meu pai e ambos foram importantes figuras na preservação e divulgação da cultura negra no Estado e no País. Para nós é um momento de celebrar o legado deles e da nossa história”, conta Tiago Batista, filho de Ubiracy Ferreira.

PICADEIRO

A tradição milenar do circo ganha também atenção especial na programação do FIG, valorizando tanto nomes seminais da arte em Pernambuco, como Índia Morena, Patrimônio Vivo do Estado, como novos criadores que continuam a ressignificar e expandir o fazer circense.

Na grade de atividades, com início no sábado (23), na lona montada no Parque Euclides Dourado e em espaços ao ar livre, se destacam as várias modalidades da arte circense, com espetáculos e apresentações de mágica, acrobacias, tecido, malabares, shows de palhaços, entre outras.

A valorização da diversidade do circo vem dentro de um projeto de resgate da tradição que a Fundarpe e a Secretaria de Cultura do Estado realizam ao longo dos últimos anos, inclusive com a inclusão da linguagem no Funcultura. No 26º Festival de Inverno de Garanhuns, as memórias afetivas e o deslumbramento do circo vão dialogar diretamente com o público.

Reprodução

Reprodução

Índia Morena, Patrimônio Vivo de Pernambuco e expoente do circo no Estado.

Confira a programação completa de Dança e Circo do 26º Festival de Inverno de Garanhuns:

Sábado, 23/7

CIRCO

16h – Picadeiro Pernambuco, a Tradição Milenar
Centro Carcará (PE)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

DANÇA

19h – Nações Africanas
Bacnaré (PE)
Local: Teatro Luiz Souto Dourado

Domingo, 24/7

CIRCO

16h – Circo Lua Crescente Recordando a Tradição
Circo Lua Crescente e Cia. Trupé Circus (PB)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

Segunda-feira, 25/7

CIRCO

16h – Magia
Turma do Bibinha (AL)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

DANÇA

19h – Dança que ninguém quer ver
Associação Giradança (RN)
Local: Teatro Luiz Souto Dourado

Terça-feira, 26/7

CIRCO

16h – O Circo Chegou, Alegria Geral
Circo Nawellington (PE)
Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

Quarta-feira, 27/7

CIRCO DE RUA

10h – Combo
Tropa Trupe (RN)
Palco de Cultura Popular

CIRCO

16h – O Sonho Continua
American Circo (PB)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

DANÇA

19h – Frestas, Fôlego e Pele
Associação Amigos do Teatro Municipal Severino Cabral (PB)
Local: Teatro Luiz Souto Dourado

Quinta-feira, 28/7

CIRCO

13h – Magia para todos
Ryan Rodrigues (PE)
Local: Castainho

16h – No Picadeiro com a Família Vidal
Disney Circo (PE)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

 

DANÇA

19h – Mundo ao Redor
Adriana Carneiro (PE)

19h30 – A Feira
Associação Amigos do Teatro Municipal Severino Cabral (PB)

Local: Teatro Luiz Souto Dourado

 

Sexta-feira, 29/7

CIRCO

16h – A Tradição Centenária do Circo Alves, com música e poesia de Pernambuco
Circo Alves (PE)
Local: Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)

 

Sábado, 30/7

CIRCO

16h – Mostra de Números Circenses

Acrobacia Aérea (Rhayan Gomes) / Contorção (Euller Kalebe) / Palhaço (Trupe Circuluz) / Diabolô e Duo

Acrobático (Jonathan Marinho e Eduardo Antônio) / Ilusionismo (Mickael Marvey) / Palhaço (Ronaldo

Aguiar)

 

DANÇA

16h – Passo
Compassos Cia de Danças (PE)
Local: Parque Euclides Dourado

 

 

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