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Companhia GiraDança leva debate sobre acessibilidade aos palcos

Por Márcio Bastos

Abraçar e potencializar a diversidade dos corpos é a força motriz da companhia Gira Dança (RN) desde sua fundação ao longo de pouco mais de uma década de atividades. O grupo potiguar é formado por bailarinos heterogêneos, com e sem deficiências físicas, mas que, enquanto coletivo, funcionam como uma unidade, um corpo de baile que leva à cena questionamentos instigantes. A companhia é a grande atração da programação de dança desta segunda-feira (25) com a apresentação de Dança Que Ninguém Quer Ver, às 18h, no Teatro Luiz Souto Dourado, dentro da programação do 26º Festival de Inverno de Garanhuns.

Concebido e coreografado por Alexandre Américo, o espetáculo foi criado para a comemoração dos dez anos do grupo, comemorados em 2015. Durante o processo de criação, algumas inquietações foram surgindo para os artistas, como a recepção do trabalho deles frente ao público e o que gostariam de passar enquanto criadores.

Ravaneli Mesquita/Divulgação

Ravaneli Mesquita/Divulgação

Gira Dança leva inclusão de corpos diferenciados aos palcos

“Buscamos sempre as possibilidades que esses corpos podem ter quando eles interagem através da dança. Fazemos trabalho de contato e improvisação, de conhecer melhor o corpo do outro e o seu para que a gente possa entender como esses corpos reagem entre si. Nós temos bailarinos com nanismo, uma bailarina que é cega, síndrome de down, paralisia cerebral, sem deficiência física e a gente vai descobrindo quais são as possibilidades de enfrentarmos essas limitações. Estamos em cena para criar um espaço igualitário”, pontua Alexandre.

Para ele, um festival como o FIG, cuja programação é totalmente gratuita e leva à cidade trabalhos de diferentes linguagens, é de extrema importância. “Abrir esse acesso facilita, por exemplo, para que levemos essa dança contemporânea e suas reflexões para as pessoas. Ainda que seja uma cena difícil, acho que a situação para a dança contemporânea hoje é mais aberta, com mais público”, conclui.

SERVIÇO
Dança Que Ninguém Quer Ver
Segunda-feira, 25/07
Às 18h
Teatro Luiz Souto Dourado

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