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João Falcão traz sua versão da “Ópera do Malandro” para o Teatro Guararapes

A montagem, com texto e canções de Chico Buarque, será encenada na capital pernambucana sábado (24), às 17h e 21h

Cláudio Martins/Divulgação

Cláudio Martins/Divulgação

O espetáculo traz como peculiaridade um elenco composto majoritariamente masculino e apenas uma única mulher em cena

Depois de ter passado por várias cidades brasileira, Recife recebe sábado (24), em duas únicas apresentações, a encenação do musical Ópera do Malandro. Dirigido pelo diretor pernambucano João Falcão, o espetáculo, concebido em 1978 por Chico Buarque, é um grande clássico do teatro musical brasileiro. Inspirada na Ópera do Mendigo (1974), de John Gay, e na Ópera dos Três Vinténs (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill, a montagem se passa na Lapa dos anos 1940 e gira em torno da rixa entre o contrabandista Max Overseas e o dono de uma rede de cabarés e bordeis, Duran. Max se casa com Teresinha, filha de Duran, e este exige sua cabeça, revelando uma rede de podres entrelaçados na sociedade carioca.

Para esta nova versão, João pinçou músicas do espetáculo original e também do álbum Malandro, de Chico, e do filme homônimo, dirigido por Ruy Guerra, em 1985. No roteiro, as clássicas Folhetim, Teresinha, O Meu Amor, Geni e o Zepelim e Pedaço de Mim se misturam a canções menos conhecidas do cancioneiro buarqueano, como Sentimental, Hino da Repressão e Uma Canção Desnaturada.

Ainda que bastante fiel ao texto, a concepção de João para o musical é original, ao convocar homens para todas as personagens femininas da peça. Já Larissa Luz, única mulher do elenco, dá vida a João Alegre, uma espécie de narrador e comentarista da trama. “Colocar atores para interpretar mulheres vem ao encontro de uma tradição teatral secular e também com uma antiga pesquisa minha”, explica João, responsável por ‘inverter os gêneros’ em outros trabalhos, como a série Sexo Frágil (TV Globo) e em peças como Mamãe Não Pode Saber e Gonzagão – A Lenda, que foi encenado neste ano em Garanhuns, durante o Festival de Inverno.

“Os malandros estão em toda parte. Malandragem para mim é esperteza, inteligência. É você trazer humor para a vida para enfrentar as agruras e obrigações de forma mais leve”, define ele. “O Max é um sujeito meio inconsequente. É um vilão, mas as pessoas acabam gostando dele”, diz João.

Confira, no vídeo abaixo, um trecho do espetáculo:

Serviço
Ópera do Malandro, direção de João Falcão
Quando: 24 de outubro, às 17h e às 21h
Onde: Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Complexo de Salgadinho, s/n, Olinda
Quanto: R$ 160 (inteira) e R$ 80 para a plateia e R$ 140 (inteira) e R$ 70 para o balcão.
Classificação: 14 anos
Informações: (81) 3182-8020

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