Ocupando a rua com arte
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Grupo de teatro Loucos e Oprimidos da Maciel, do Recife, movimentou Gravatá no sábado (15/9)
Por Giselly Andrade
Um grupo de “loucos” carrega uma arara cheia de roupas, instrumentos e alguns outros acessórios. De repente, toma o espaço com poesia e música. Esta é a proposta do espetáculo “Polo marginal”, do grupo de teatro de rua Loucos e Oprimidos da Maciel, do Recife, que se apresentou no Festival Pernambuco Nação Cultural de Gravatá, no sábado (15/9).
O local ocupado na cidade foi a Praça 10, que se encheu de curiosos para assistir à apresentação, baseada na obra de Marco Polo, com trilha sonora da Ave Sangria. Eles se autodenominam “piratas da palavra” e se propõem a ocupar espaços públicos com arte para alimentar a alma das pessoas de sensibilidade. O espetáculo existe há três anos e apresenta apenas poesia pernambucana. “Estamos envolvidos com a poesia marginal e levando nossa arte para as ruas, para mostrar às pessoas que através dela podemos tudo”, define o diretor do espetáculo, Carlos Salles. Ainda segundo ele, ocupar espaços públicos para levar a arte é uma maneira intrigante de mexer com os sentimentos do público. “Naquele momento, as pessoas param um pouco com sua correria para prestar atenção em algo que pode lhes alimentar a alma.”
E para quem foi assistir ao espetáculo, um jeito diferente de enxergar a poesia: “É muito envolvente assisti-los, pois mergulhamos num universo totalmente diferente do cotidiano e também da maneira de apresentar a poesia com a qual estamos acostumados”, comentou Erriane Tenório, atriz do grupo Faço Teatro, da cidade de Gravatá.
Ao final do espetáculo, as roupas saíram de cena, os instrumentos voltaram para as caixas e os piratas partiram para outra ocupação levando a poesia nas malas.
