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Quik Cia. de Dança conquista público com performance interativa

A proposta de entrar na dança contemporânea foi aceita por várias pessoas que passavam pelo Parque Euclides Dourado.

Leo Caldas/Secult-PE

O que é isso? Acho que é uma apresentação.
Olha a expressão corporal!
Que loucura!
É uma viagem!
Isso é curioso.

Estes foram alguns dos comentários das pessoas que passeavam pelo Parque Euclides Dourado na tarde de sábado (18/07), onde a Quik Cia de Dança, de Minas Gerais, apresentava “Ressonâncias”, dentro da programação do 25º Festival de Inverno de Garanhuns. Estranhamento, surpresa, dúvida, curiosidade e encantamento foram algumas das reações do público diverso que se deparou com os bailarinos Letícia Carneiro e Rodrigo Quik e os músicos Rodrigo Salvador e Antônio Moreira dançando e tocando no parque. Logo o encontro entre artistas e o publicou virou jogo, uma grande brincadeira, gerando atenção e sorrisos.

“A descoberta do nosso trabalho é o relacionamento com o público. Cada lugar é um lugar. Aqui em Garanhuns, no início as pessoas estavam um pouco tímidas, mas depois foram se entregando”, disse o bailarino Rodrigo Quik ao final da apresentação, explicando que a proposta da companhia no trabalho de improviso e interação com o público evita ter uma conotação invasiva e de constrangimento.

Leo Caldas / Secult-PE

A proposta de entrar na dança contemporânea foi aceita por várias pessoas que passavam na parte central do parque. Uma das que se entregou a dança foi Valderis Santana, 48 anos, que veio de Caruaru para curtir o festival. “O espetáculo foi muito bom. Eu dancei. Adoro teatro e dança. O Governo tem mesmo que investir aqui no festival”, pontuou.

Durante a performance, olhares se cruzam, pessoas se concentram nos movimentos dos bailarinos, aceitam os convites para participar. Outros fotografam, dão risadas, tem também que ignore e passe adiante. Tudo faz parte.

Num das cenas, uma mala passa a ser jogada de mão em mão entre artistas e o público. Em outro momento, artistas e transeuntes seguram pernas e braços da bailarina Letícia Carneiro e cada um puxa para um lado. A brincadeira era acompanhada das frases “Pode puxar. Pode puxar não”.

Ao final, Letícia agradece ao público, ao festival e faz um relato pessoal sobre sua passagem pela cidade: “Eu fui hoje no mercado, a gente comeu sarapatel, conheci a Edilma. Estamos felizes de tá aqui. Nós somos de Minas Gerais. Esse é um trabalho da Quik, estamos fazendo 15 anos este ano”.

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