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Conheça 10 grandes destaques das artes visuais de Pernambuco

Nos últimos anos, Pernambuco vive uma efervescência no campo das artes visuais. Por todo o Estado surgem nomes disruptivos e inovadores deixando importantes marcas e legados no fazer artístico local e nacional. São figuras plurais, que se debruçam sobre vivências que passam por questões de gênero, raça, sexualidade, territorialidade, ancestralidade e outras que acabam se incorporando a estéticas igualmente plurais. A diversidade é encontrada em técnicas, suportes, discursos, cores, texturas e uma grande gama de elementos.

Conheça dez desses nomes que vêm deixando sua marca nas artes visuais pernambucanas:

Thalyta Monteiro e o corpo no mundo

Artista de Belo Jardim, Thalyta Monteiro vem se dedicando à arte há alguns anos, em especial desde quando começou sua formação no curso de artes visuais pelo Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), concluído em 2018, começando um caminho pela pesquisa antes de sua imersão no fazer artístico de fato. A partir de então, realiza um trabalho atravessado por seu cotidiano, a relação de seu corpo no mundo, no território em que habita, suas relações com sonhos, lembranças e pessoas. Nesse caminhar, a recorrência da natureza e da imaterialidade dos sentimentos é algo sempre presente nesse fazer artístico.

Dentro dessa experiência artística vem se dedicando ao que chama de “processo manual e ritualístico da pintura e da linoleogravura”. Cada trabalho, a partir de seu processo de pesquisa, é o que dita qual será seu suporte. Suas obras vêm abraçando materiais que passam por pedaços de ruínas, objetos vestíveis de pedras e raízes, além de experimentações com fotoperformances.

Em sua trajetória vê como grande desafio manter a constância nos trabalhos diante da realidade imposta aos trabalhadores da cultura do País, atuando também como arte educadora, assim como também manter os estudos. Ao mesmo tempo enxerga como uma conquista a possibilidade de poder manter sua pesquisa e produção artística vendo-a chegar em pessoas por meio de projetos e espaços que nunca imaginou que poderia alcançar. Um desses mais recentes foi a exposição r e at a r, montada na Galeria Galpão dentro da programação do 31º Festival de Inverno de Garanhuns.

Alisson Nogueira: a memória, o arquivo e a luta contra o esquecimento

Natural do povoado de Vermelhos, em Lagoa Grande, interior de Pernambuco, Alisson Nogueira via a arte entrar em casa desde a infância, por intermédio de sua mãe, desde as pinturas que ela fazia nas salas de aula em que trabalhava, também passando pela costura de roupas e tecidos, além dos trabalhos com ornamentação de eventos. Viveu em um ambiente permeado por sons de máquinas de costura, cheiros de tinta e materiais de desenho. Desde pequeno tinha afeição por desenho, poesia e música.

Mas o fazer arte nem sempre foi uma realidade. Passou muito tempo da vida, por mais que tivesse um desejo pulsante e estímulos externos, acreditando que trabalhar como artista não era uma realidade condizente com a sua, buscando o que chama de “caminhos mais formais”. Mas sempre com processos criativos fazendo questão de marcar presença nessa caminhada, o que o leva a iniciar a graduação em artes visuais no ano de 2017, em Petrolina.

Desde então Alisson desenvolve um trabalho partindo da investigação e da reflexão entre arquivo, território, saber popular e narrativas autobiográficas e familiares. Atualmente realiza o que chama de “reflexões obsessivamente dentro do campo da pintura a óleo”, lidando com uma das técnicas mais tradicionais e buscando construir uma semântica própria dentro do imaginário das questões que lhe são urgentes em uma cruzada contra o esquecimento. Ele retrata cenas da história de sua família, assim como o que chama de “memórias íntimas atreladas a um imaginário popular nordestino-bicha-latino americano.

Entre os grandes desafios da trajetória está a busca constante por espaços expositivos formais, aparelhos culturais e políticas locais voltadas às artes visuais, na luta “geográfica e simbólica” para construir diálogos com espaços para além da internet. Entre seus orgulhos estão a realização de exposições como Antes do Meu Primeiro Adeus, seu trabalho de conclusão de curso, assim como a participação em exposições coletivas, como Vamo Logo que Lá Fora Já Tão Chamando no Museu da Imagem e do Som de Campinas, o Salão Sesc de Arte Contemporânea – Único 2020 (Sesc-PE) e a 9° edição da Mostra Flutuante de Artes Visuais Antes que Tudo Vire Cinzas, (Sesc Petrolina).

Ratinho e a renovação do barro caruaruense

Rafael Costa Pereira, Ratinho, teve seu primeiro contato com o barro ainda criança, na beira do Rio Ipojuca, onde fazia suas primeiras esculturas ao lado de amigos. Logo em seguida, em uma ida à feira para levar o almoço de sua avó, deparou-se com uma máscara de la ursa vermelha, que despertou seu fascínio, descobrindo logo que era feita de barro, papel e cola. Começou então a fazer as suas por conta própria e vender no Carnaval aos 12 anos de idade. Esses foram alguns dos primeiros episódios que plantaram a semente do fazer artístico dentro de si.

Ao trabalhar como auxiliar em um projeto de fotografia de um amigo subiu o Alto do Moura e conheceu Mestre Vitalino. O barro vermelho, cuja queimada foi explicada pelo mestre, foi mais que um elemento de fascínio: tornou-se o grande estopim para sua caminhada artística. Hoje em dia possui 208 peças autorais criadas, sempre fugindo da repetição, pois “não sente prazer em criar o que já foi criado”. Do barro também partiu para as telas, sejam aquelas que recebem tinta como as que recebem luz, atuando como roteirista e cineasta.

Em seu trabalho com o barro busca inovar na materialidade trazendo elementos como ossos bovinos e dentes caprinos: “Gosto de trazer o que está morto para a vida novamente em uma nova matéria, a partir da arte”. Hoje se orgulha de conseguir sustentar sua família com seu fazer artístico e de ter obras suas em acervos de importantes colecionadores, assim como sua presença anual em grandes feiras, como a Fenearte.

Marcela Camelo e os novo suportes para a imagem

Cria de Garanhuns, Marcela não consegue apontar um ou outro caminho que a levou para a arte sendo uma verdadeira confluência de encontros na vida que a colocaram nesse lugar. De um ponto de vista subjetivo vê influências da própria forma a qual enxerga a vida, identificando-se com o ato de criar e partilhar, além da busca por liberdade e coragem. Já por um lado mais objetivo teve uma aproximação por meio do contato com iniciativas formativas,  como as oficinas promovidas pelo Festival de Inverno de Garanhuns, ou o contato próximo com a resistência de expressões da cultura popular, como as rezadeiras e a banda de pífanos de Trapiá, comunidade rural de origem de seu pai.

E seu caminhar desde então na arte é múltiplo, passando por expressões e suportes plurais. Contudo, dedica-se a experimentações em vídeo, com videoarte e videoinstalações. Atualmente vem realizando pesquisas com imagens autoestereoscópicas – método de exibição de imagens em três dimensões sem a necessidade de suportes como óculos ou capacetes –, em especial com suportes chamados lenticulares. Nessa caminhada, na qual enxerga a própria técnica como uma estética em si, busca fugir da literalidade entrando em questões da região de seu convívio, passando por questões de gênero e discussões políticas e explorando artefatos analógicos e digitais.

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Atualmente vê como grandes desafios a precarização dos espaços e de algumas dinâmicas de determinados campos da arte. Ela busca ativamente subverter esse cenário construindo “um próprio campo nas experiências coletivas e na própria arte-educação”. No momento vem realizando uma conciliação de uma metodologia de pesquisa artística com a acadêmica.

Em sua trajetória venceu prêmios, como o do 48º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, além de sua participação em eventos como a Bienal de Países de Língua Portuguesa, uma residência na Bienal de Cerveira, em Portugal, além da participação em exposições de galerias do Sesc e outros espaços. Também integrou o coletivo Branco do Olho, no qual teve grandes aprendizados a partir da aproximação com outros artistas. “As artes plásticas me encorajaram a entrar na universidade, cursar a licenciatura, percorrer um caminho que me proporcionasse autonomia e me levou para a educação”, relata.

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Brenda Bazante: de modelo a criadora

A jornada de Brenda Bazante na arte começa em 2013, quando realizou seu primeiro trabalho como modelo vivo, trabalhando com nomes como Vi Brasil e Chico Ludemir, em espaços como o Centro de Articulação dos Saberes Artísticos, o Grupo Risco e outras iniciativas que estreitaram seu contato com o fazer artístico. Impulsionada por isso, começou sua graduação em artes visuais no ano de 2015 dando início a uma caminhada que passaria por diversos suportes, discursos e vivências.

Nos primeiros anos interessou-se pela arte cinética culminando na exposição Galhos, formada por diversas esculturas cinéticas que, ao se moverem, representavam árvores, pássaros, borboletas e outros elementos presentes em árvores criminalmente podadas ao longo do ano de 2016. Ela foi montada em espaços como o Museu do Homem do Nordeste, o Engenho Massangana e a Torre Malakoff.

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Já a partir de 2020 decide colocar em diálogo sua arte com suas vivências enquanto uma mulher trans. “A partir de narrativas autobiográficas passei a criar a partir de minhas experiências tendo a performatividade trans e travesti como tema central”, explica. A partir de então passou a introduzir tanto as imagens de seu corpo quanto suportes e técnicas diversas no processo criativo. Entram em cena a papietagem e o papel machê, a fotomontagem, a pintura com lápis de cor, tinta acrílica e giz pastel oleoso e o bordado. Nesse processo criativo tanto o figurativo quanto o abstrato são abraçados.

Atualmente deseja expandir os horizontes de sua prática artística alcançando espaços nacionais e internacionais assim como o do mercado da arte. É o que a leva a explorar novas técnicas e suportes com um desejo de se aprofundar na fotografia, pintura e escultura, assim como também planeja expandir seu ateliê pessoal. Como maior conquista fala sobre seu amor pela prática que vem desenvolvendo, além do carinho por trabalhos como Galhos e suas andanças por Pernambuco, além da participação em diversos projetos artísticos importantes pelo estado.

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Abiniel Nascimento: dos álbuns de família às performances contra-históricas

Mais do que registros, as fotos dos álbuns de fotografias de sua avó parteira contavam um amontoado de histórias para Abiniel, que sempre as absorveu plantando as primeiras sementes de seu interesse por narrativas familiares e territoriais. Em 2013 começa sua caminhada artística por meio da fotografia. Alguns anos depois expande seus horizontes e, a partir de 2017, começa a fazer seu trabalho circular, principalmente por meio da performance, influenciado por sua entrada na universidade, onde inicia seus processos curatoriais e de pesquisa em arte.

Atualmente seu grande interesse reside na utilização da arte enquanto uma ferramenta narrativa contra-histórica. Utiliza seus processos para entender seu lugar no mundo enquanto uma coletividade, assim como também desenvolve uma busca em tensionar imaginários da história da arte dita oficial e seus cânones, entendendo se tratar de um imaginário que foi construído pelo atropelamento das narrativas originárias do país.

abiniel2 7. Maquinário da ausência (vista da obra)

A partir de então sua obra é atravessada por conceitos como existência e extinção, visibilidade e invisibilidade, memória e esquecimento. Morte e vida sempre atravessam seus trabalhos.

Com suas caminhadas dentro da fotografia e da performance seu trabalho acaba então sendo bastante influenciado pelo corpo e pela imagem. Seus suportes abarcam materiais orgânicos e aparelhagem performáticas, com a fotografia e o audiovisual entrando em cena, assim como os arquivos enquanto matéria de investigação, reprodução e “dessignificação”.

Enquanto artista independente trava a já conhecida luta por espaços e circulação de suas criações, assim como também por apoio para se dedicar às pesquisas que resultam em suas obras. Mas, dentro desse cenário de desafios, orgulha-se de criar “possibilidades críticas de entendimento do mundo”, além de estar em contato com pessoas com quem pode compartilhar essa trajetória, circulando por residências, exposições, salões de arte, publicações e debates.

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Mitsy Queiroz e a materialidade da fotografia analógica

O mergulho que Mitsy Queiroz empreende na fotografia analógica é um abraço completo a tudo que ela, enquanto material físico no mundo, possui. A obsolescência, as avarias, o emprego das circunstâncias contrárias a seu favor são alguns dos elementos incorporados em seu trabalho e suas narrativas, mediando sua aproximação com a arte. “Ser um artista trans racializado é compreender que os processos criativos de arte e vida são inseparáveis. Nossas metodologias de vida são muito próximas àquelas que empregamos em nosso fazer artístico”, explica.

Seu interesse pela fotografia veio de sua participação em fotoclubes, enquanto espaços de trocas de saberes e perspectivas sobre o ato de fotografar, grande faísca em seu desejo de mergulho nessa linguagem. Realiza trabalhos nesse sentido, há mais de uma década, em um processo que concilia seu fazer artístico e acadêmico, que se retroalimentam.

As ilhas alagadas do Pina (3)

A partir de então desenvolve esses trabalhos colocando em reflexão a materialidade da fotografia analógica estabelecendo conexões também com seu estar e o de seu corpo no mundo. Por exemplo: um álbum de infância tem sua própria imagem transformada pela presença de fungos, uma transformação que acaba dialogando com as expectativas do que viria a ser Mitsy.

Contudo, a linguagem fotográfica não encerra seus desejos de criação, com uma dedicação também a expressões como videoarte, instalações, desenhos, cadernos de criação e escrita poética. Seu trabalho o colocou em diálogos e trocas que classifica como “muito generosas” com o público, participando também de debates, mesas redondas e outras formas de troca pedagógica.

Seu trabalho também já circulou em diversos espaços pelo País, com participação em residências artísticas como na ocasião do Sesc Confluências em 2018-2019; em feiras de arte como SP-Arte e SP-Foto em 2020; e em programas de comissionamento de obra como Solar dos Abacaxis 2022 para exposição no MAM-Rio e o programa Atos Modernos 2021-2022, que inaugurou uma parceria da Coleção Ivani e Jorge Yunes com a Pinacoteca de São Paulo.

Películas

 Yuri Bruscky, a imaterialidade e o som

A música foi a porta de entrada para Yuri na arte. Durante a adolescência tocava em bandas punk e editava fanzines, começando o trabalho com colagens. Pouco depois entrou em contato com a poesia concreta incorporando ações plásticas em suas ações artísticas. Assim desenvolve sua trajetória, tendo o som como articulador de tudo, indo para além de contextos estritamente musicais, com experimentações em diversos suportes e linguagens (instalações, performances, livros de artista, intervenções urbanas, discos-objeto).

Yuri Bruscky - O Grande Acordo Nacional (disco-objeto, 2018) (1)

“Parte considerável do meu trabalho orbita em torno das interseções entre ruído, linguagem, mediações tecnológicas e práticas cotidianas. Me interessa bastante perceber as dinâmicas comunicativas, políticas e tecnológicas que dão tessitura ao mundo da vida cotidiana que partilhamos intersubjetivamente. E como pensá-las a partir dos meios e mediações do som e da linguagem”, explica Bruscky. A partir de então ele exercita esse interesse entre a imaterialidade e a incorporação da própria estrutura e forma como elementos expressivos, utilizando a metalinguagem, “modos e processos não convencionais de produção e fruição”.

Nesse caminhar ele busca construir espaços de experimentação e redes de intercâmbio e colaboração de maneira a interferir de modo pujante no debate público da cultura e da política. Mantém, desde 2010, o selo/editora Estranhas Ocupações, por meio do qual lança discos e publicações e organiza performances. Também é cocriador dos festivais de arte sonora Rumor e Muído, assim como do seminário e programa de residências artísticas (Entre) Lugares Sonoros, e coautor do livro História da Poesia Visual Brasileira.

Yuri Bruscky - Heterotopia (A escuta em situação) (2019)

Lu Ferreira e o jazz como guia artístico

A aproximação da arte de Lu Ferreira, artista nascido em Jaboatão dos Guararapes, residindo em Olinda há três anos, nasce de sua aproximação e fascinação pela “inutilidade das coisas”. Desde antes de se ver como um artista possuía um forte interesse pela ideia do inútil, enxergando sentidos em tudo aquilo que poderia ser classificado como sem sentido, a partir de novos olhares e diálogos.

Diante desse olhar, que busca retirar as coisas de restrições e limitações, encontrou na liberdade estética e conceitual do jazz um fio condutor para suas criações que o permite trafegar por diferentes sensações, cores, texturas, suportes e linguagens. “O jazz dá uma liberdade por diferentes sensações, texturas, sentimentos, cores. É daí que vem meu trabalho Objetos não ditos e inauditos e aquilo que não se fala, não se explica, partindo dessa minha relação com a música”, afirma.

Objetos Não Ditos e Inauditos

Ele desenvolve trabalhos que bebem na fonte do dadaísmo, da pintura, das instalações, da colagem e da poesia concreta. Nesse sentido sua obra investiga uma gama de elementos que vão desde a ordem, células do corpo humano, corpos transitando pela cidade, a transmutação de objetos (em especial, desenvolve um trabalho com a fita crepe nesse sentido), além de tudo aquilo que não pode ser dito, mas que se expressa na tela.

“O artista se apropria da inutilidade e hoje a arte discute a inutilidade, que não é mais viável no senso comum. A gente dá vazão a isso, dá importância. Meu trabalho deságua nessa relação objeto-cultura-dadaísmo em outras plataformas”, explica.

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Caetano Costa, a palavra, o corpo e a reinvenção dos materiais

Se hoje Caetano Costa tem seu fazer artístico transitando por diferentes linguagens e suportes há elementos de sua infância na cidade de Paulista que já demonstraram essa aptidão. Do pai eletricista pegava escondido a caixa de ferramentas e reinventava objetos que encontrava pela rua e no quintal de casa. Da mãe professora veio o encanto pela palavra, passando a escrever textos e poemas ilustrados por colagens. Na adolescência se aproximou do teatro, o que o coloca também em contato com a performance, além de sempre frequentar os eventos de cultura popular do bairro.

Caetano chegou a cursar design de moda, mas decidiu que sua criatividade necessitava de mais suportes e partiu então para as artes visuais. “Era um campo que eu flertava, mas não acreditava que era para mim. Essa ideia de uma persona artística me parecia muito distante para um jovem de periferia como eu”, relembra.

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 Assim deu continuidade a curiosidade de infância pelos objetos de seu entorno enquanto suportes de criação. Ele enxerga esse gesto como uma forma de fugir da ideia de que o artista precisa esperar um momento de inspiração para criar. A criação é um exercício e trabalhar com os materiais que se tem disponíveis – inclusive o próprio corpo – é uma forma de seguir exercitando isso.

Nesse caminhar tudo pode ser fonte de inspiração: pessoas na rua, sentimentos momentâneos, acontecimentos do mundo, memes, as ferramentas da publicidade e das teorias da comunicação. Tudo pode encontrar vazão no papel, nos tecidos, nas intervenções urbanas, nas performances, na videoarte e nas diversas outras formas de expressão. Seu trabalho já circulou pelo País e pelo mundo, em países como a África do Sul, por exemplo, colocando-o em contato com outros artistas e expandindo seus horizontes criativos.

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