Filme sobre cotidiano de atletas com deficiência chegará às escolas de Pernambuco
Pré-estreia de "PARATODOS" lotou o Cinema São Luiz. Duas mil escolas municipais e estaduais de Pernambuco terão acesso ao filme.
Postado em: Audiovisual
Por Roberto Moraes Filho
Reunindo cerca de 800 estudantes de escolas municipais e estaduais da Região Metropolitana do Recife, além de gestores públicos, atletas paralímpicos e convidados, a pré-estreia do filme ‘PARATODOS’ encheu a tela do Cinema São Luiz na tarde da segunda-feira, 6 de junho. Com a disponibilização de equipamentos de audiodescrição, além de legendas e tradução em libras, a sessão especial do filme de Marcelo Mesquita proporcionou uma rica vivência da obra, que incorpora reflexões sobre o cotidiano de personagens da vida real, através de desafios e vitórias em jogos paralímpicos.
Exemplos como Alan Fonteles, campeão paralímpico e mundial em atletismo; Fernando Fernandes, campeão mundial de canoagem; Daniel Dias, maior medalhista em natação paralímpica do Brasil; e Susana Schnarndorf Ribeiro, recordista brasileira em natação; foram retratados no filme, explorando temáticas como a educação especial incorporada ao esporte, além da luta para que ações de acessibilidade se tornem cada vez mais abrangentes no Brasil.
Foto: Jan Ribeiro

Sammy Gomes (Secretaria de Educação de Pernambuco), Antonieta Trindade, vice-presidente da Fundarpe, Marcelino Mesquita, diretor de ‘PARATODOS’, Gilvani Pilé (Gerência de Educação Regional do Recife), e Márcia Souto, presidente da Fundarpe.
A pré-estreia do filme contou com o apoio da Fundarpe, Secretaria de Cultura de Pernambuco, Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Educação do Recife. Estiveram presentes na mesa de abertura, Lívia Almendary, sócia fundadora da Taturana Mobilização Social; Marcelino Mesquita, diretor do filme; Gilvani Pilé, gestora da Gerência de Educação Regional do Recife; Sammy Gomes, chefe de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação de Pernambuco; Antonieta Trindade, vice-presidente da Fundarpe, e Márcia Souto, presidente da Fundarpe.
“É uma honra ter esta casa lotada para apreciar em primeira mão, um trabalho que durou quatro anos para ser concluído”, disse o diretor do filme, Marcelo Mesquita. “O nome do filme traz a missão de tocar a sociedade. Por isso, nas vésperas do maior evento esportivo dedicado ao tema, que será a primeira Paralímpiada realizada na América do Sul, temos este trabalho como instrumento para refletir sobre iniciativas que ainda precisam ser levadas em consideração, como forma de inclusão na cultura, na educação e na sociedade”, destacou Mesquita.
A distribuição da obra, que será realizada em duas mil escolas públicas municipais e estaduais de Pernambuco, possui projeto diferenciado, no qual a obra é acompanhada por material complementar produzido em parceria com organizações da sociedade civil. Para Sammy Gomes, chefe de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação de Pernambuco, a obra chega de maneira oportuna, condizente especialmente para práticas de novas ações de acessibilidade às pessoas com deficiência, assim como o favorecimento do esporte. “Estaremos a partir de hoje conectados com o filme, para que especificidades em Pernambuco tenham cada vez mais o nosso apoio em medidas favoráveis”, comentou Sammy.
“É uma grande satisfação consolidar esta pré-estreia, fazendo parte das ações que integram a educação e a cultura nas iniciativas desenvolvidas pela Secult-PE e Fundarpe. A exemplo do projeto ‘Outras Palavras’, no qual distribuímos 1500 publicações para estudantes de Petrolina, durante o Clisertão 2016, assim como no 25º Festival de Inverno de Garanhuns, onde levamos artistas consagrados nacionalmente para escolas públicas da cidade, também possuímos a inclusão como fator fundamental em nossas políticas públicas de cultura”, destacou Antonieta Trindade, vice-presidente da Fundarpe.
Para Márcia Souto, presidente da Fundarpe, o esforço realizado para que o filme chegue às escolas públicas de Pernambuco, obtendo o retorno esperado, retrata a resistência cultural das produções audiovisuais brasileiras. “Aqui no Cinema São Luiz, que é mantido pelo Governo de Pernambuco para que ações como esta possam servir não apenas como entretenimento, mas também como parâmetro para a educação e a cultura, temos um exemplo claro de referência do audiovisual em nosso Estado”, exemplificou Márcia. “Por isso, para vocês estudantes que serão os nossos futuros produtores de audiovisual, é necessário observar a cidade e o estado, levando em conta a inclusão como garantia de oportunidades em uma sociedade cada vez mais justa”, finalizou.
Após a exibição da obra, o público pôde participar de um debate, fazendo perguntas sobre a produção ao diretor Marcelino Mesquita, e também aos convidados especiais Luiz Silva, Emídio Fernando e Suely Guimarães, atletas paralímpicos de Pernambuco. A obra, que foi desenvolvida pela Sala 12 Filmes, em parceria com a Taturana Mobilização Social, contou com o patrocinado da Caixa Cultural. Também fazem parte do projeto de distribuição da obra, as organizações da sociedade civil Ação Educativa, APAE-SP, Coletivxs, Fórum Permanente de Educação Inclusiva, Instituto Mara Gabrilli, Instituto Rodrigo Mendes e Mais Diferenças.


