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Celebração ao Manguebeat no último dia de palco Pernambuco Meu País no Carnaval de Olinda

A última noite (05) do palco Pernambuco Meu País em Olinda foi uma celebração ao legado e a trajetória do Movimento Manguebeat com apresentações de alguns dos principais representantes da cena Mangue na praça do Carmo.

Antes da reverência ao Manguebeat, e como já é tradição do palco a noite começou com frevo. Maestro Duda, referência no cenário cultural do ritmo no país deu o pontapé inicial na noite com sua orquestra embalada pelas mais clássicas e mais modernas composições do gênero.

Do hino de Vassourinhas a ciranda de maluco, a orquestra tocou canções que fazem o carnaval de Pernambuco e foi acompanhada em uníssono pelo público do polo Erasto Vasconcelos. Maestro Duda aqueceu a plateia e deixou a temperatura do palco lá em cima para a celebração aos caranguejos com cérebro.

Em seguida, diretamente de Peixinhos, a banda Carranza trouxe toda a energia e a ancestralidade da segunda geração do manguebeat para o Pernambuco Meu País. A banda teve sua formação inicial em 1999 e após um hiato de 12 anos, retornou a cena em 2015 com o disco “Santa Morte” que venceu o Prêmio de Música Pernambucana 2017.

No palco, a Carranza combina elementos da música pernambucana com DJ e naipe de metais para desenvolver um som autêntico e visceral. A banda mesclou músicas autorais com clássicos do manguebeat. Logo depois, punk rock hardcore do Alto José do Pinho. A banda Devotos, parte importante da cena underground e autoral do Recife desde o final da década de 1980, com suas raízes fincadas na Zona Norte da cidade criou uma roda punk no Carmo.

Cannibal (voz e baixo), Neilton Carvalho (guitarra) e Celo Brown (bateria) tocaram músicas de todas as fases da carreira, desde o primeiro álbum, passando pelo mais recente “Punk Reggae” até algumas músicas inéditas, como “Vladimir Herzog” e “Será o Benedito?’.
“Se apresentar em Olinda é uma satisfação muito grande pra gente, e no polo principal é muito especial mesmo. Só temos a agradecer”, disse
Cannibal. Depois da Devotos, o manguebeat em toda a sua pluralidade continuou dando o tom da noite com a Mundo Livre S/A.

Em um show que passeou por todas as fases da banda, com um enfoque especial ao primeiro disco “Samba Esquema Noise” (1994), e com a participação especial da cantora Doralyce. O grupo liderado por Fred Zero Quatro demonstrou porque é um dos mais autênticos conjuntos musicais do Brasil.

“É uma grande responsabilidade encerrar o carnaval de Olinda, eu acho que esse palco do Carmo tem uma dimensão enorme e isso traz um impacto gigantesco. Estamos muito felizes”, afirmou o vocalista e líder da Mundo Livre S/A.

Em uma praça do carmo lotada, a Nação Zumbi entrou no palco com a temperatura elevadíssima e não deixou ninguém parado. Foi um desfile de hits de diferentes fases do grupo.

“É uma realização. Você se sente realizado de estar fazendo o seu trabalho em um espaço como esse. É um eterno aprendizado, mas é diversão levada a sério. Então, estamos muito gratos com esse show”, disse Jorge Du Peixe, vocalista da banda.

Foram mais de uma hora de show que passaram em um piscar de olhos, o público cantou junto em todas as músicas e demonstrou porque o Manguebeat é um movimento vivo, pulsante e mais atual do que nunca.

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