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O Homem da Meia-Noite promove grande encontro de Patrimônios Vivos no Carnaval 2024

Agremiação anunciou nesta quarta-feira (8), em Olinda, as novidades para o próximo período momesco

Como já é tradição, e em clima de folia, o Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite, Patrimônio Vivo de Pernambuco, reuniu a imprensa em sua sede, em Olinda, para anunciar suas novidades para o Carnaval de 2024. Entre as homenagens estão o tema, que presta tributo aos povos originários; além de três ícones do tríduo momesco: Caboclinho 7 Flexas, também Patrimônio Vivo; o cantor e compositor Marron Brasileiro; e o Povo Xukuru do Ororubá. Também foram apresentadas a ideia do novo traje do Calunga e o modelo da camisa que vestirá os foliões.
No Carnaval de 2024 O Homem da Meia-Noite presta uma homenagem mais do que justa às nossas origens. No próximo ano, o Calunga vai reverenciar os povos originários em seu desfile no Sítio Histórico de Olinda. Com o tema Terra Indígena, o Gigante vai até o interior de Pernambuco para vivenciar os valores de preservação, coletividade e respeito à ancestralidade por meio da sabedoria dos povos originários.
No bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife, o Calunga foi buscar um dos homenageados. Lá fica a sede do Caboclinho 7 Flexas, que desde 1971 representa a linha da jurema que resgata as belas e tradicionais expressões do Carnaval do Estado. Em 2024, o Caboclinho 7 Flexas, Patrimônio Vivo de Pernambuco, assim como O Homem da Meia-Noite, será homenageado nas ladeiras de Olinda.
Outro homenageado também tem origem nessa mistura de sons do baque do caboclinho, da pisada e do ritmo indígena. Marron Brasileiro começou sua história de sucesso como cantor e compositor no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife. Do grupo Alcano até osucesso na banda Versão Brasileira, encantou os pernambucanos e o País com músicas como Deusa de Itamaracá e Galera do Brasil.
O trio fecha no município de Pesqueira, no Agreste do Estado, terra do Povo Xukuru do Ororubá, nação indígena formada por mais de dez mil integrantes que remonta aos primeiros povos originários de Pernambuco. O Carnaval Terra Indígena e o Povo Xukuru do Ororubá farão a
mistura, a magia e o encanto que o folião só vai encontrar na saída do Homem da Meia-Noite, no Sábado de Zé Pereira, na Cidade Alta, em Olinda.

VESTIMENTAS - Para manter a tradição, a diretoria do clube convida sempre uma pessoa para confeccionar o fraque após a morte do alfaiate Brasil. No dia 2 de fevereiro de 2024 O Homem da Meia-Noite completa 92 anos e a data será celebrada no Agreste. O Calunga vai até o Povo Xukuru do Ororubá, em Pesqueira, para receber a roupa que será usada no Carnaval do próximo ano. A missão desta vez foi dada para a estilista indígena Dayana Molina. Descendente das etnias fulni-ô e aymará, ela cria peças e pensa em moda trazendo as raízes dos povos originários. Criadora da grife Nalimo, que pensa na sustentabilidade e segue uma linha decolonial, Dayana vai alinhar o tema Terra Indígena com a tão esperada roupa do Calunga.
O Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite também lançou sua camisa oficial para o Carnaval 2024. Criada pelo artista plástico Antônio Mendes, a nova camisa leva os traços do artista com cores e elementos que remetem ao tema Terra Indígena. A camisa será vendida por R$ 50, na sede do clube (Estrada do Bonsucesso, 132, Olinda), que abre para o público a partir do dia 11 de novembro, e no Espaço Afetivo do Homem da Meia-Noite no Shopping Patteo, também em Olinda, que abre no dia 25 de novembro e vai oferecer as peças da grife do Calunga para o Carnaval 2024.
O desfile oficial d’O Homem da Meia-Noite acontece no dia 10 de fevereiro de 2024, a partir das meia-noite. A concentração é na frente da sede do clube.

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