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SECULT-PE de ANDADA: Para um amor em Carpina

Associação com sede no município natal do secretário estadual de Cultura, Silvério Pessoa, celebra a ciranda de Pernambuco e apresenta suas demandas

 

Muita memória afetiva no SECULT-PE de ANDADA, que teve sua terceira edição no município de Carpina, na Zona da Mata Norte do Estado, nesta desta terça-feira (28). A começar pelo próprio Silvério Pessoa, que retornou a sua cidade natal, na condição de secretário estadual de Cultura, para realizar escutas na sede da Associação das Cirandas de Pernambuco, e relembrou a importância do maracatu, da ciranda, do coco e do mamulengo na sua infância e formação.

O encontro aconteceu durante a reunião de planejamento da Ascipe, coordenada pelo presidente da entidade, Josivaldo Caboclo, e membros de sua equipe, com participação do secretário municipal de Turismo, Cultura & Desporto, Aldinho do Danone; e da coordenadora de Cultura Popular da Secult-PE, Teresa Amaral. Ao todo, cerca de 15 representantes das 26 cirandas filiadas à Ascipe (entre 41 existentes no Estado) marcaram presença ao lado de outras lideranças ligadas à cultura popular.

Como bem frisou Teresa Amaral, a Ascipe, fundada oficialmente em 2020, é uma das associações mais recentes e articuladas. E foi o que mostrou Josivaldo em sua apresentação, que contou a breve e rica trajetória da entidade, com realizações de festivais e encontros estaduais e municipais, divulgação nas mídias digitais, registro da ciranda como Patrimônio Cultural do Brasil (concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan) e aprovação de projetos, entre eles a gravação do álbum Cirandas de Pernambuco, com 15 cirandeiros novos e da velha guarda, a ser lançado ainda neste semestre.

A programação seguiu com uma enriquecedora troca de propostas para a ciranda pernambucana, como a realização de festivais amplos e descentralizados, promoção do folguedo durante todo o ano e não apenas nos ciclos festivos, gravação de mais discos, divulgação em emissoras de rádio e televisão e concurso de musicalidade. Também foram propostas a mediação do governo de Pernambuco junto à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) visando à continuidade dos projetos nos municípios e a inclusão de polos de ciranda ou de cultura popular em todos os ciclos, além de criação do Memorial da Ciranda, disponibilização de edifícios do Estado para sedes municipais das associações e criação de uma política de valorização financeira com revisão dos cachês destinados aos artistas populares.

As propostas apresentadas demonstraram uma sintonia com a política da atual gestão do governo do Estado, conforme pôde esclarecer Silvério, que acrescentou ainda as ideias de inclusão da cultura popular na grade curricular da rede pública de ensino; de capacitação dos artistas para que saibam se documentar e ter acesso aos editais de fomento; e de parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Social do Comércio (Sesc).

A discussão gerou um debate com a participação de todos e todas, com mais ideias e críticas também, sempre construtivas, tornando a experiência ainda mais enriquecedora.

“Foi muito positivo esse descolamento e deslocamento do centro para a periferia, a periferia como o interior e o que está no entorno, nas pontas, em uma associação com mestres e mestras da cultura popular”, observou Silvério. “Foram muitas propostas viáveis. É a Secretaria de Cultura andando. Estou muito feliz.”

Para Josivaldo, criou-se um diálogo muito saudável e se estreitou o laço da ciranda com o governo do Estado. “Vimos a predisposição do governo em querer atender às ansiedades do segmento. Isso é muito importante”, afirmou. “Ficou muito claro aqui hoje a força de vontade de ambas as partes”, testemunhou.

Isso é cultura. Isso é Pernambuco. “Ventimbora” que isso é SECULT-PE de ANDADA!

 

 

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