André Aguiar apresenta pesquisa do projeto Fashion Connect
Postado em: Design e moda | Lei Aldir Blanc
Designer de inovação, o recifense André Aguiar aprovou uma pesquisa para investigar os desafios e oportunidades para estimular convívio mais respeitoso com a diversidade e sustentabilidade na moda, nos editais da Lei Aldir Blanc em Pernambuco e Inovação em Economia Criativa do Sebrae. Num primeiro momento, a iniciativa consistiu em organizar a plataforma www.guiar.site, junto com o designer Dudu Ramos, para dar melhor visibilidade às ações da multimídia marca GUIAR (2016), que intersecciona indústria criativa, negócios socioambientais e tecnologia digital para produzir artes, roupas, acessórios, softwares e festival de filmes.
Para a segunda etapa, Aguiar convidou as designers Julyenne Moura e Renata Sellaro para avaliar as hipóteses de mercado desenvolvidas pela startup nos programas de incubação do Marco Pernambucano da Moda e Jump Brasil do Porto Digital. “O Estado de Pernambuco possui um importante polo de confecções com destaque nacional. No entanto, vários produtores estão à margem do processo de transformação digital. Um dos desafios está na gestão ágil de dados, ações e investimentos de impacto da produção, tanto da organização com sua equipe interna como dessa instituição com a sua rede de parceiros que fornecem produtos/serviços. Muitos produtores de confecções só conseguem obter alguma estimativa da quantidade produzida de peças a partir de inventários (dias após a produção) e o legado que a empresa produz para seu time e ecossistema se perdem. Assim as atividades de gestão da produção, qualidade e produtividade ficam inviabilizadas”, conta o idealizador da iniciativa.
A metodologia envolveu ferramentas de gestão ágil do design como Matriz CSD, Lean Canvas, Proto Persona, Mapa de Empatía, Jornada do Cliente, levantamento de hipóteses e perguntas. A verificação envolveu entrevistas com lideranças que trabalham em 10 instituições nacionais de moda com faturamento acima de 360 mil ao ano. A maioria integra o Índice de Transparência da Moda e o Colabora Moda Sustentável. Foram: (Flávio Araújo – Alpargatas, Amanda Tobias – Laudes Foundation, Priscilla Matta – Instituto Natura, Renata Del Bove – Fundação Hermann Hering, Dandara Valadares – Fashion Revolution, Raquel Gomes – SENAI Cetiqt, Gustavo Venancio – Instituto C&A, Arno Duarte – Instituto Lojas Renner, Vinicius Malfatti – Grupo Soma). E conversas com mais de 5 designers incluindo Recife e Caruaru (como Janaína Branco – Cesar School, Danielly Elissamar – Ayo, Renata Wanderley – UFPE, Tamires Lima – Armazém da Criatividade, Jacque Tamboo – Setor de Design da Prefeitura do Recife) entre outros da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana e do polo de confecção e têxtil do agreste..
“É relevante compreender que a sustentabilidade faz parte do planejamento transversal em todos os setores das empresas e não um setor exclusivo que cuida do meio ambiente. As empresas que não se intitulam sustentáveis, etiquetas verdes ou adotam políticas ambientais, sociais e de governança são muitas vezes porque o lucro justifica as desigualdades e a produção inconsequente. Tanto que em maioria o salário de quem está no topo da pirâmide da gestão é muito maior que o quadro de funcionários. Alguns produtos possuem muitos resíduos e agrotóxicos. Como se o objetivo de se ter mais lucro justificasse os fins, mas os fins não justificam quaisquer meios e produtos. Difundindo tal necessidade de mudança de postura no mercado, nós dá GUIAR queremos aproximar a indústria brasileira da potencial revolução global da quinta revolução industrial, que esta atenta em deixar benefícios para além da economia. Ajudamos a criar e reforçar inovadoras culturas que promovem o bem estar coletivo”, diz Aguiar.
Confira o resultado da pesquisa no site: www.guiar.site.
