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Live debate o conceito da Moda Upcycling em Pernambuco

As mudanças nos hábitos de consumo e o crescimento populacional acentuado têm gerado um forte aumento na quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) presentes no meio ambiente. Isso se deve à economia linear e não sustentável, baseada na produção, consumo e descarte. Discussões acerca de como fazer o tratamento adequado destes resíduos tornaram-se indispensáveis na sociedade moderna, devido a seus efeitos nocivos. A indústria da Moda, como uma agente expressiva da produção desses resíduos, tem em sua periferia desenvolvido. Um exemplo é o Upcycling, conceito que alguns produtores começam a adotar e que pretende atender um novo perfil de usuário, que busca produtos mais sustentáveis, responsáveis, e uma moda atemporal e socialmente justa.

O assunto será tratado na live “Moda Upcycling: por um consumo sustentável e desacelerado”, nesta terça-feira (17), às 19h, no canal do Youtube da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. A conversa será com Mariana Amazonas, ecodesigner e uma das sócias do coletivo A Roda (@vem.pra.roda), uma iniciativa que nasce com propósito de criar formas regenerativas de consumir moda. Também participa da live a socióloga Lylian Berlim, autora do livro “Moda e Sustentabilidade”, uma reflexão necessária e de capítulos de livros e artigos científicos dentro deste escopo. Lylian é consultora de sustentabilidade e novos negócios em moda no Sebrae. A mediação da live será do assessor de Design e Moda da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Flávio Barbosa.

MODA UPCYCLING - O Upcycling consiste na reutilização de materiais em seu estado original, geralmente sem valor comercial, para serem reaproveitados com suas propriedades naturais em algo totalmente novo. O upcycling de produtos para moda transforma resíduos têxteis em novas roupas, acessórios e afins, duplicando o ciclo de vida dessas peças. Do ponto de vista criativo, também agrega novas informações aos produtos, que podem ser repaginados de acordo com as tendências do mercado. O Upcycling é o método que mais se aproxima do modelo de Economia Criativa, sendo muito apoiado pelos movimentos do slow fashion, baseado na produção local e consciente.

“Em geral, as marcas maiores não têm uma adesão muito grande a esse conceito. É uma pena, nem todo mundo entende o que é isso, mas existem muitas marcas periféricas que trabalham com essa prática e fazem um belíssimo trabalho, mas é muito pouco ainda. Um dos maiores desafios é a aceitação do consumidor, que ainda tem resistência ao reuso, apesar de estarmos falando muito sobre isso recentemente. Ele acha que um dia foi lixo, foi jogado fora, e o upcycling tem possibilidades inúmeras de reutilização. Há um desconhecimento, a dificuldade está na aceitação”, pontua Lylian.

Nascida no fim de 2019, o coletivo A Roda vem em resposta à emergência climática, criando uma solução para evitar desperdício e promover a sustentabilidade. A ideia é auxiliar empresas e consumidores a dar vida nova ao que antes era sem valor, com propostas de upcycling e economia circular. A empresa defende a readequação dos padrões de consumo com o objetivo de preservar recursos naturais, além de gerar emprego, renda e empoderamento para quem trabalha no ramo. Como resposta para deter, ou amenizar, os efeitos nefastos da moda descartável, Mariana Amazonas explica: “Acreditamos que fomentar a cultura do consumo consciente e sustentável é urgente. Traçar novos caminhos através da moda circular, com o pensamento de reutilizar, transformar ou criar a partir de peças que já existem é uma das formas que encontramos para contribuir com uma forma de viver o presente que torna o futuro um lugar possível”.

Serviço
Live “Moda Upcycling: por um consumo sustentável e desacelerado”, com Mariana Amazonas, Lylian Berlim e Flávio Barbosa (mediação)
Quando: 17 de maio de 2022 (terça-feira), às 19h
Transmissão: www.youtube.com/SecultPE | www.facebook.com/culturape

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