Azougue Festival de Cultura Popular homenageou os 80 anos do Mestre Salustiano com programação especial na Casa da Rabeca
Com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), a 12ª edição reuniu tradições populares e homenagens ao mestre em Olinda
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O último sábado (15) marcou uma noite especial na Casa da Rabeca, em Olinda, com a realização da 12ª edição do Azougue Festival de Cultura Popular. Este ano, a celebração ganhou um significado ainda mais profundo, por marcar os 80 anos de nascimento do Mestre Salustiano, Patrimônio Vivo de Pernambuco, Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um dos homenageados do Pernambuco Meu País 2025. O festival celebrou a trajetória do mestre que levou o som da rabeca e a força da cultura popular pernambucana para o Brasil e o mundo, e que hoje tem seu legado preservado e mantido por sua família.
Realizado com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), por meio do Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), o Azougue reuniu artistas, grupos tradicionais e novos talentos em uma programação que reforçou a Casa da Rabeca como território vivo de memória, criação e continuidade cultural.
“Pisar nesse solo é especial, é solo de maracatu, de cultura popular, de ancestralidade. Quem chega aqui se arrepia, sente a força da cultura de Pernambuco. Então, celebrar Mestre Salustiano, esse Patrimônio Vivo que segue vivo em sua obra, é celebrar uma história que se perpetua. Aqui vemos crianças, jovens, adultos e idosos, todos tocados pelo maracatu. A cultura popular tem esse papel de reunir, conectar, juntar gente. Por isso, desejo um viva para Mestre Salu, seu legado, toda sua força e da sua família”, ressaltou a secretária Executiva de Cultura de Pernambuco, Yasmim Neves.

A secretária Executiva de Cultura de Pernambuco, Yasmim Neves, a gerente de Política Cultural da Secult-PE, Wanessa Santos, e Maciel Salú, multiartista e filho do Mestre Salustiano, durante a celebração na Casa da Rabeca.
A programação começou no início da noite com um cortejo do Maracatu de Baque Solto Piaba de Ouro, abrindo os caminhos para uma sequência de apresentações. Geo Salú, dando continuidade ao legado familiar, encantou o público com sua musicalidade. Em seguida, a Quadrilha Raio de Sol, reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco, trouxe ao palco a energia e a coreografia marcanftes do ciclo junino.

O Azougue reuniu artistas, grupos tradicionais e novos talentos em uma programação que reforçou a Casa da Rabeca como território vivo de memória, criação e continuidade cultural.
O ponto alto da noite foi o show ‘Família Salustiano e a Rabeca Encantada’, que recentemente integrou a programação do Festival Pernambuco Meu País 2025. O grupo apresentou a diversidade musical de Mestre Salustiano, reforçando a potência simbólica e afetiva de sua obra.
“O Azougue é isso, uma grande homenagem ao Mestre Salustiano e toda sua luta. Para mim, é uma honra, para mim e para meus irmãos, podermos realizar essa homenagem tão merecida. Também é muito importante contarmos com o apoio e o incentivo da PNAB, do Governo do Estado de Pernambuco. Sabemos que a cultura popular precisa, cada vez mais, desse incentivo e desse cuidado, porque ela gera milhares de empregos, diretos e indiretos. Ela é fruto de uma luta diária, de quem tira do próprio sustento para manter viva essa tradição. Por isso, agradecemos a gestão pública por cada vez mais cuidar do nosso patrimônio cultural”, destacou Maciel Salú, multiartista da cultura popular e filho do homenageado.
O festival contou ainda com apresentações do Cavalo Marinho Boi Matuto de Olinda, do DJ Rimas Inc, das projeções visuais de Toni Braga e o Som na Rural, que animou os intervalos durante toda a noite.
