Gilú Amaral apresenta seus “Percursos” pela música no Museu do Estado
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por Marcus Iglesias
A tarde do próximo sábado (27), no Museu do Estado de Pernambuco, será de apreciação da boa música instrumental pernambucana. Atração do projeto “Ouvindo e Fazendo Música”, o multi-instrumentista olindense Gilú Amaral vai apresentar, a partir das 17h, seu atual projeto solo intitulado ‘Percursos’.
“É uma ideia antiga e trata exatamente de minha caminhada como músico. Um espetáculo instrumental feito para ser contemplado do começo ao fim”, adianta o músico. Gilú é um dos mais reconhecidos percussionistas da cena contemporânea no estado, à frente de bandas como a Orquestra Contemporânea de Olinda (OCO) e Wassab, além de atual parceiro da Ave Sangria.
Gilú conta com entusiasmo sobre o processo de montagem da atual e solitária performance: “Eu sempre fui uma pessoa que estive envolvida em trabalhos com outras pessoas, já tenho quase vinte anos de carreira, e tinha este desejo de fazer um trabalho solo. Apesar de ser reconhecido como percussionista, tenho neste projeto a proposta de levar também ao palco instrumentos melódicos como o ngoni, ngoma e hang drums. É um show com narrativa, bem lúdico”, conta.
Desde que lançou o projeto, em agosto de 2015, Gilú já realizou ao menos uma apresentação por mês. “Passei por lugares como a Macuca, o Xinxim da Baiana, a Creperia Rouge e o Casbah. Em breve, estarei levando este show para o Rio de Janeiro e São Paulo”, revela o músico, que vivência a arte desde a infância pelas ladeiras de Olinda. “África é minha grande escola. Nós de Olinda e Recife temos muita sorte, porque somos influenciados pela cultura de matriz africana, como o candomblé e as manifestações culturais”.
Sobre a reação do público diante de sonoridade de instrumentos pouco usuais, Gilú comenta que ”com este show,confirmei que há um público interessado na contemplação da música em si, sem necessariamente ser algo dançante. Na verdade é interessante ver as pessoas que me conhecem ‘ficarem de cara’ quando me veem tocando instrumentos melódicos”, brinca. A apresentação no Museu do Estado terá ainda a presença de Chris Nolasco.
Isabella Valle/Secult-PE

“África é minha grande escola. Nós de Olinda e Recife temos muita sorte, porque somos influenciados pela cultura de matriz africana, como o candomblé e as manifestações culturais”, conta Gilú
O músico trabalha paralelamente na produção do seu primeiro disco, um desdobramento do ‘Percursos’. “Neste álbum, além do que tenho buscado com o show solo, vou mostrar mais meu lado compositor. Será um disco co-autoral com 10 faixas e várias participações especiais, nomes como Juliano Holanda, Hugo Lins, Erica Natuza e Lucas dos Prazeres, entre outros importantes na minha trajetória”, revela. A previsão de lançamento do novo trabalho é setembro deste ano.
Ouvindo e Fazendo Música no Mepe
Realizado desde julho de 2014 no Museu do Estado, trata-se de projeto continuação do Santander Cultural no Recife e é realizado sempre aos sábados. A programação tem como foco o incentivo à produção local da música instrumental, sempre abrindo espaço para artistas autorais em geral.
Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia-entrada).
Serviço
Ouvindo e Fazendo Música no MEPE, com Gilú Amaral
Sábado (27) | 17h
Museu do Estado de Pernambuco Av. Rui Barbosa, 960, Graças, Recife – PE
R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia)
Mais informações: (81) 3184.3170 | 3184.3178
