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País das Conexões Visuais, em Pesqueira, traz debate sobre o respeito às religiões de matriz africana

Espaço das mostras fotográficas e visuais do Festival Pernambuco Meu País contou com abertura, nesta sexta-feira (2), da exposição Orixás, Mestres e Folhas, de Hermes Costa Neto, e outros trabalhos que tratam sobre o tema

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

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Orixás, Mestres e Folhas, de Hermes Costa Neto, foi produzida com incentivo Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura

Espaço dedicado às mostras fotográficas e visuais da programação do Festival Pernambuco Meu País, o polo País das Conexões Visuais, em Pesqueira, no EREM Cristo Rei, apresenta uma seleção de exposições voltadas para a valorização e respeito da cultura popular e das religiões de matriz africana. Uma delas é a exposição Orixás, Mestres e Folhas, de Hermes Costa Neto, produzida com incentivo Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, que teve sua abertura no festival nesta sexta-feira (2), com a presença do pai de Cidy José, natural do município, com uma apresentação de toque de terreiro.

Além da mostra de Costa Neto, outras exposições estão em cartaz no País das Conexões Visuais em Pesqueira, tais como Multicolorida Cel – Desfronteire-se, de Alice Celina; Gigantes nos Festivais, de André Luiz; e A Cultura do Agreste Pernambucano nas Linhas da Xilogravura, de Ricardo Pessoa. Também fazem parte da programação as exposições fotográficas A Cultura do Município de Nísia Floresta, de Alanée Rodrigues; Nadadores do Mundo, de Mitsy Queiroz; Alagoas em Preto e Branco, de Pablo de Luca; e Os Afoxés e o Carnaval do Recife ”O Povo de Candomblé na Rua”, de Renata Mesquita.

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

Abertura da mostra no Festival Pernambuco Meu País contou com a presença do pai de Cidy José, natural de Pesqueira

O material de Orixás, Mestres e Folhas é composto por 82 fotografias impressas em gabardine, através de técnica de sublimação e apresenta uma visão muito particular dos ritos de matriz africana, com objetivo de desmistificar a visão preconceituosa sobre essas celebrações. Alguns dos guardiões dos terreiros apresentados na mostra são Mestre Guara, Mestre Chacon, Mestre Afonso, Raminho de Oxossi, Mãe Beth de Oxum e Dona Ivanice de Xangô.

As imagens foram feitas com câmera fotográfica analógica e em preto e branco, e fazem parte do acervo de Hermes Costa Neto, fotógrafo que se dedica ao tema há mais de 20 anos. Além das fotos, a exposição apresentou ao público documentários que falam alguns segredos dos orixás.

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

Iezu Kaeru (esquerda) é o curador da exposição criada por Hermes Costa Neto (direita)

Em 1999, Hermes Costa Neto fotografou um terreiro pela primeira vez. Após mais de 20 anos documentando o candomblé, registrou rituais e festas para os orixás criando uma documentação única e fundamental para a história da religião afro-brasileira em Pernambuco.

Segundo o artista e curador da mostra Iezu Kaeru, esta é a quinta vez que a exposição fica exposta ao público. “As fotografias de Hermes Costa Neto desmistificam preconceitos, valorizam a tradição e a beleza das matrizes africanas, documentam o sentimento da vida segundo os costumes africanos. Cada fotografia é uma expressão mística e metafísica: abre-se um portal para o invisível e, diante desse espelho da alma, nos tornamos um com as imagens”, ressalta Iezu Kaeru.

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

Morgana Narjara/Secult-PE/Fundarpe

O material de Orixás, Mestres e Folhas é composto por 82 fotografias impressas em gabardine, através de técnica de sublimação e apresenta uma visão muito particular dos ritos de matriz africana

“É uma característica das minhas obras estar com Iezu Kaeru na curadoria porque ele tem uma forma particular de elaborar o trabalho, de pegar uma obra bruta e transformá-la num projeto com visibilidade. E um dos principais objetivos do projeto é desmistificar o preconceito contra o culto aos orixás e combater a intolerância religiosa”, destaca o fotógrafo.

PERNAMBUCO MEU PAÍS – Realizado pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o festival tem o objetivo de promover a conexão de linguagens artísticas pernambucanas e nacionais e apresentar à população do estado e turistas, de forma lúdica e comunicativa, uma conexão entre as regiões, cidades, identidades, gêneros, conceitos artísticos e dinâmicas do fazer de um povo que, historicamente, tem sua cultura como parte da identidade de estado-país.

Para mais informações, acesse www.cultura.pe.gov.br/festivalpernambucomeupais ou a conta no Instagram @festivalpernambucomeupais.

Serviço:
País da Conexões Visuais
EREM Cristo Rei (Rua Comendador José Didier, Pitanga)
10h às 22h

Programação:

- Multicolorida Cel – Desfronteire-se, de Alice Celina
- Gigantes nos Festivais, de André Luiz
- A Cultura do Agreste Pernambucano nas Linhas da Xilogravura, de Ricardo Pessoa
- Exposição Fotográfica: A Cultura do Município de Nísia Floresta, de Alanée Rodrigues
- Exposição Fotográfica: Nadadores do Mundo, de Mitsy Queiroz
- Exposição Fotográfica: Alagoas em Preto e Branco, de Pablo de Luca
- Exposição Fotográfica: Os Afoxés e o Carnaval do Recife ”O Povo de Candomblé na Rua”, de Renata Mesquita
- Orixás, Mestres e Folhas, de Hermes Costa Neto

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