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Público atende a chamado de Gravatá Jazz Festival fora de época no País da Música

Betto do Bandolim mostrou todo seu virtuosismo; Vintage Pepper, Lancaster, Wallace Seixas, Fabinho Costa, Chico Oliveira, João Suplicy e Uptown Band comandaram o baile

A segunda noite do palco País da Música no Festival Pernambuco Meu País 2024, neste sábado (27), teve um quê a mais: relembrou o Gravatá Jazz Festival, evento anual que aconteceu por alguns anos durante o Carnaval. O público foi convocado a comparecer no palco-caminhão, estacionado na Avenida Joaquim Didier, e, além de atender ao chamado, contribuiu em todos os detalhes de nostalgia e memória afetiva. Por lá se apresentaram Betto do Bandolim; a banda Vintage Pepper, com participação dos guitarristas Lancaster (SP) e Wallace Seixas (PE) e do trompetista Fabinho Costa (PE); o também trompetista Chico Oliveira (o Chiquinho dos programas de TV de Jô Soares) e cantor e guitarrista João Suplicy (irmão de Supla), acompanhados da Uptown Band.

Se estivéssemos no país do jazz, ou no país do blues, certamente Adalberto Cavalcanti, o Betto do Bandolim, figuraria no panteão dos imortais do gênero. No país do choro, o devido reconhecimento, quando acontece, é em momento como esse, do Festival Pernambuco Meu País. O rótulo de chorão acaba escondendo uma versatilidade que Betto pôde presentear, em pequena mostra, ao público que compareceu ao País da Música neste sábado.

Para começar, o bandolinista apresentou suas versões para Disparada (Geraldo Vandré & Theo de Barros) e Chega de Saudade (Tom Jobim & Vinicius de Moraes). Acompanhado de Lucas Romão Torres, o Ratão do Pandeiro, e o violonista de 7 cordas Bruno Nascimento, seguiu flertando com standards da música brasileira em temas de Chico Buarque (João e Maria, parceria com Sivuca; Deixa a Menina), Baden Powell & Paulo César Pinheiro (Vou Deitar e Rolar) e João Bosco & Aldir Blanc (De Frente pro Crime).

Em seguida, Betto reverenciou os mestres Waldir Azevedo, com Carioquinha, e Jacob do Bandolim, com Santa Morena. Sempre prevalecendo todo seu virtuosismo, finalizou com um set apenas com temas de Baden (Canto de Ossanha; Berimbau; Deixa).

De volta à cena blues’n'soul, a banda Vintage Pepper recebeu a missão de ciceronear ninguém menos que o guitarrista paulista Lancaster, um dos melhores do blues brasuca. Foi presenteada ainda com as participações do também guitarrista Wallace Seixas e do trompetista Fabinho Costa. Só feras. E tome na veia sucessos de Aretha Franklin, Nina Simone, Stevie Wonder, Al Green e Amy Winehouse, entre outros. Um grande baile.

Para encerrar a festa em grande estilo, foi a vez da Uptown Band (não por acaso idealizadora do Gravatá Jazz Festival, por intermédio de seu baterista e produtor, Giovanni Papaleo) receber outros dois músicos de referência do cenário nacional: o também trompetista Chico Oliveira, o Chiquinho dos programas de TV de Jô Soares; e o vocalista e guitarrista João Suplicy, irmão do cantor Supla, com quem forma a Brothers of Brazil.

A Uptown, também sempre versátil, fez prevalecer em seu repertório o crossover em que faz versões blues’n'jazz dos mais variados ritmos. Primeiro com um pout-pourri com seis temas de Raul Seixas. Após um tributo a Reginaldo Rossi, dedicou outro set totalmente a Roberto Carlos com mais um medley de oito canções.

O País da Música edição especial Gravatá Jazz Festival encerrou em clima de jam session com João Suplicy dando uma palhinha de seu projeto Samblues (em que faz samba em versões blues) e destilando canções de sua curtição, bem acompanhado por Chiquinho e Uptown Band, que dispensam ensaio para tocar um baile.

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