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Reverência a mestres, mestras e orixás encerra o País das Culturas Populares em Pesqueira

Elisete Cirandeira, Afoxé Ylê Xambá e Viola Luz trouxeram muita emoção para a Praça da Rosa

Na despedida do polo País das Culturas Populares do município de Pesqueira (Agreste), quarta etapa do Festival Pernambuco Meu País, houve ciranda e afoxé e o trabalho de um músico que sintetiza as manifestações artísticas pernambucanas de um modo mais fiel às tradições. Elisete Cirandeira, Afoxé Ylê Xambá e Viola Luz foram as atrações da tarde deste domingo (4) na saideira da Praça da Rosa.

Representante do município do Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana do Recife), Elisete Cirandeira, ao lado da irmã Graciete, e músicos de metais e percussão reverenciou os/as grandes mestres e mestras da ciranda com um repertório próprio e de standards do gênero. Zé Galdino, Baracho, Lia de Itamaracá, Dulce Baracho, Cristina Andrade, Mestre Walter, Noé da Ciranda e Dona Biu foram lembrados por Elisete.

O Afoxé Ylê Xambá, representante da comunidade Xambá, de Olinda (PE), subiu a serra um luxo só. Com mais de duas dezenas de integrantes, de todas as faixas etárias, trouxe os cântigos da tradição do terreiro da Nação de Xambá. Alguns membros, inclusive, apresentaram-se em meio à plateia. E como é tradição no afoxé ainda interpretou hits nacionais como Ijexá [Filhos de Gandhi] (Edil Pacheco), sucesso na voz de Clara Nunes, e Emoriô (João Donato & Gilberto Gil).

Com uma formação personalizada, o cantor, compositor e percussionista Viola Luz, também de Olinda, mostrou seu repertório autoral acompanhado de um trio de vocalistas, guitarra, contrabaixo, percussão, trombone e os teclados do também produtor Bactéria. A pecularidade no trabalho do band-leader é que ele bebe na fonte da cultura popular e desenvolver um trabalho que sintetiza vários ritmos, a exemplo de outros artistas pop, porém, mantendo-se muito fiel à originalidade das tradições.

Outra característica enfatizada por Viola Luz em seu show é a louvação às referências e inspirações. Quando interpreta Vestido de Azul, por exemplo, lembra que a ideia surgiu a partir de um sonho que teve com Erasto Vasconcelos, músico irmão do também percussionista Naná Vasconcelos, homenageado nesta primeira edição do festival. Já Areia Branca, contou, foi concebida no bairro de Jaguaribe, na Ilha de Itamaracá, terra de Lia, a Rainha da Ciranda. Ainda prestou homenagem ao afoxé interpretando Banho de Folhas (Luedji Luna & Emilie Lapa) com Paty Lee, uma das vocalistas, fazendo a voz principal.

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