Almério celebra a obra de Cazuza no palco do FIG
Cantor volta ao FIG depois de 10 anos com o elogiado show Tudo é Amor no último dia do festival
Postado em: Festival de Inverno
Foi aos pouquinhos, de maneira muito natural e serena, como parece ser de seu feitio que o cantor Almério se impôs como uma das mais interessantes vozes da nova geração da música pernambucana. É com essa mesma serenidade que o artista sobe ao palco Mestre Dominguinhos no domingo (30/07), último dia do Festival de Inverno de Garanhuns.
O cantor traz seu elogiado show Tudo é amor – Almério canta Cazuza ao palco principal do festival pernambucano. “A gente vai fazer um jardim florido naquela praça consagrada, cantar Cazuza e acessar o coração de toda gente com a poesia atemporal, visceral desse poeta encantado”, disse o cantor.
Almério já rodou o país com essa apresentação que celebra o legado de Cazuza, ao mesmo tempo em que adequa as músicas ao seu estilo próprio. O disco rendeu a Almério o prêmio de melhor cantor, no 29ª Janeiro de Grandes Espetáculos, no início de 2023. “No Rio de Janeiro, terra de Cazuza, cantei com Lucinha Araújo, mãe do poeta, na plateia. Ela abençoou esse projeto. Então tenho certeza que vai ser um show muito bonito, vou interpretar à minha maneira canções imortais que no processo de gravação me aproximaram ainda mais da atmosfera de Cazuza”, explicou.
“Já experiencie esse show em festival na rua, e foi um contágio de amor, uma ode a Cazuza”. Segundo Almério, sua relação com o festival vem de muitos anos já que ele morava em Altinho e sempre participava da festa nas férias. “Passei 10 anos tirando férias no FIG pra aprender mesmo, fazer as oficinas, acordava de manhã, curtia dança, circo, cinema, teatro, gastronomia e muita música. Sempre com a consciência de jogar pra dentro a maior quantidade de informação e arte possíveis. E claro, a farra também era grande”, confessa o músico.
“Esse festival é um dos maiores do Brasil, já formou público, educou gerações, é o maior festival cultural multilinguagem do nosso estado. É um patrimônio nosso e precisa sempre ser cuidado com muito carinho. Cultura não é supérfluo, é saúde mental, é alimento e desenvolvimento”, defendeu. Apesar dessa relação quase umbilical, essa será a volta do cantor a se apresentar no festival depois de 10 anos, por isso ele está muito animado e ansioso.
O radiante e bem humorado artista nos atendeu para essa entrevista enquanto passa uns dias enclausurado no estúdio para as gravações de seu mais novo álbum, perguntado se poderia adiantar alguma coisa do novo projeto ele respondeu de bate-pronto. “Segredo total, só posso dizer que é um disco autoral de inéditas… E que tá LINDO!”. Torçamos então para que no show do FIG, em meios aos eternos hits de Cazuza, ele já nos ofereça um gostinho do que estar por vir.
