Segunda noite do palco Zé da Macuca é marcada pelo forró e a poesia
Ritmos tradicionais do Nordeste são protagonistas em noite de baile moderno
Postado em: Festival de Inverno
O forró e a poesia foram o norte da segunda noite do palco Zé da Macuca no 31⁰ Festival de Inverno de Garanhuns. A noite manteve o ritmo de excelência da estreia do palco ao valorizar ritmos tradicionais nordestinos.
Mourinha do Forró, Assisão, Cascabulho e Joquinha Gonzaga colocaram fogo no salão, honrando o legado de Gonzagão com o mais autêntico forró nas mais diversas possibilidades que o gênero permite. Já o Em Canto e Poesia transbordou até a alma mais seca com o lirismo que mistura a tradição poética do Sertão do Pajéu aos limites do pop.
Mourinha iniciou a noite já com a energia lá em cima. O músico cantou o mais autêntico forró nordestino, com sua voz e zabumba conduzindo a vibração do público e preservando a cultura popular. O artista transformou os arredores do Parque Euclides Dourado em um verdadeiro arrasta-pé.
Em seguida, o Em Canto e Poesia transbordou até a alma mais seca da plateia com o lirismo que mistura a tradição poética do Sertão do Pajéu aos limites da música pop. Banda formada pelos netos de Louro do Pajeú, notório poeta e repentista da região, o grupo é conduzido pelos irmãos Antônio, Greg e Miguel Marinho.
Greg, um virtuoso violonista. Miguel, instrumentista que, no pandeiro, passeia por escalas nem sempre possíveis com o instrumento e Antônio, poeta e nomeado este ano diretor nacional de Cultura Popular pelo Ministério da Cultura misturam a herança lírica do Pajeú com a tradição dos cantadores sob uma roupagem moderna que atraiu milhares de fãs ao espaço.
Retomando a trilha do Forró, Assisão lotou o espaço e pôs todo o mundo pra dançar com os sucessos dos seus mais de 60 anos de carreira e mais de 700 composições. O cantor relatou estar muito feliz no Fig e isso se refletiu também no público. O Cascabulho mesclou músicas do seu mais recente álbum Fogo na Pele com clássicos da trajetória da banda e releituras de sucessos, como Estação da Luz (Alceu Valença).
Encerrando a noite, Joquinha Gonzaga aprofundou o clima de baile de forró do palco e cantou grandes clássicos do gênero. Sobrinho e um dos herdeiros de Gonzagão, o artista embalou a dança de casai apaixonados e amores de estação na noite desta quarta-feira.
Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), com investimento de R$ 11,6 milhões, o FIG 2023 reforçou a valorização do artista pernambucano, que compõe os 20 polos do festival, que prossegue até o próximo dia 31. São 398 atrações culturais. Desse total, 89,70% (357) selecionados pela convocatória são pernambucanos; e 10,30% (41) são de outros estados.
QUINTA-FEIRA (27)
O Palco Zé da Macuca segue pulsando música nesta quinta-feira, quando receberá músicos pernambucanos com diferentes propostas musicais. A partir das 18h30, sobem ao palco as bandas Rimas da Resistência, Bira e o Bando, Zé Brown e Caju & Castnha, Black Pantera e Devotos e Mundo Livre S/A.