Cepe e Secult-PE juntas para debater a representação feminina na literatura
Live está marcada para as 19h desta terça (30) nos canais da Secult-PE e da Cepe
Postado em: Formação Cultural | Literatura
A nova edição do Conexões Literárias, programa virtual da Cepe Editora com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), leva ao público debate sobre a representação feminina na literatura. Intitulada A mulher por trás da história, a live será realizada nesta terça-feira (30), às 19h, nos canais da Cepe e da Secult-PE no YouTube. O bate-papo é conduzido pela poeta e artista plástica Jussara Salazar, a escritora e contadora de histórias Kemla Baptista e a jornalista Michelle de Assumpção, autora do livro “Lia de Itamaracá: Nas Rodas da Cultura Popular” (Cepe-2020).
“A literatura e também a arte, a vida profissional e a cidadania, até, por muito tempo, foi um terreno proibido às mulheres e praticado (por elas) de modo subterrâneo. Não apenas como objetificação no papel de musa, mas pelo esvaziamento da ideia de que as mulheres podiam expressar e produzir conteúdo e trabalho”, declara Jussara Salazar, uma das vencedoras do 6º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, com o livro O dia em que fui Santa Joana dos Matadouros (Cepe-2020).
Pernambucana radicada em Curitiba (PR), Jussara Salazar afirma que, apesar das conquistas femininas, ainda há muito machismo nas áreas de literatura e arte. “Observe grandes prêmios e listas de livros”, destaca. “A presença das mulheres hoje no mundo, e também na literatura, traz consigo uma abordagem do feminino e suas lutas de modo natural e não apenas forjado pela ideia de que ‘agora eu posso’. Defendo o pertencimento às ideias e a essa produção como uma construção que, embora pareça nova, é muito antiga, tão ancestral e necessária como se sempre houvesse existido, o que de fato é a realidade”, avalia a escritora.
Ao falar sobre limites para mulheres na literatura e como valorizar a literatura de autoria feminina, ela ressalta: “O limite para as mulheres na literatura não depende de sermos apenas leitoras, e muitas vezes leitoras de literatura feita por homens. Não há limites, há um processo histórico viciado que deve ser combatido na estrutura. Para isso é preciso ler mulheres. E foi muito pela literatura que o machismo se fortaleceu, não? Então, literatura é espelho, é onde se dá voz, se ganha ressonância. Ler mulheres. Muito”, reforça Salazar. Aperte o play e confira:
Serviço
Conexões Literárias – Live A mulher por trás da história
Participantes: Jussara Salazar (poeta), Kemla Baptista (escritora e contadora de histórias) e Michelle de Assumpção (jornalista)
30 de março, 19h
Canais da Cepe (bit.ly/canalcepe) e da Secult-PE (youtube.com/SecultPE) no Youtube