Oficina de “Fotografia, Memória e Tradição” é oferecida na comunidade indígena Fulni-ô
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Fotógrafo, artista multimídia e educador pernambucano, Iezu Kaeru comanda entre os dias 23 e 28 de janeiro a oficina de “Fotografia, Memória e Tradição – Fulni-ô e Xukuru”, na comunidade indígena Fulni-ô, localizada na cidade de Águas Belas. Com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, a ação formativa será ofertada a jovens moradores da localidade e propõe-se a introduzir conceito, técnica, história e práticas fotográficas à vivência social desses territórios étnicos.
“Os fundamentos do projeto se baseiam no aprofundamento da discussão sobre o papel da fotografia em seus meandros éticos e sociais, explorando novos mundos no mundo dos jovens”, diz Iezu Kaeru sobre a iniciativa. O povo Fulni-ô será a primeira comunidade indígena a receber o projeto, que também será realizado na comunidade indígena Xukuru, localizada em Pesqueira. “As vivências vão explor desde o princípio da produção de imagens até o vídeo. Por isso, as lições envolvem a construção de caixas mágicas, imersão na floresta de sons, fotografia de olhos vendados, entre outros recursos para desenvolver os sentidos dos educandos e das educandas”, complementa Iezu.
Em Águas Belas, a oficina na Escola Estadual Indígena Marechal Rondon, das 13h às 17h. As inscrições estão abertas para jovens a partir de 14 anos que vivem na comunidade e podem ser realizadas na própria secretaria da instituição escolar ou através do e-mail: fotografiamemoriaetradicao@gmail.com.
Ao final do curso, haverá uma exposição coletiva e em um catálogo impresso construído, a partir de elementos visuais trazidos pelos próprios participantes. O perfil no Instagram @fotografiamemoriaetradicao reunirá imagens criadas a partir das vivências.
“A materialização dos produtos é importante na medida que possibilita que eles percebam que são capazes. Isso exalta a potência dessa juventude popular que, muitas vezes, precisa apenas de oportunidade. Eles trabalham questões como a identidade no material feito por eles mesmos. Passam a olhar a comunidade não como um lugar de ausência, mas de riqueza, diversidade cultural e tanta beleza”, finaliza Iezu.