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Terreiro Ilê Axé Talabi realiza, com incentivo do Funcultura, o projeto Articula Matriz Africana

Produzida com incentivo do Funcultura, iniciativa realiza imersão sobre métodos tradicionais de cultivo e manejo da terra resguardados pelas comunidades de matrizes afro-indígenas de Pernambuco

Uenni Mirelli/Divulgação

Uenni Mirelli/Divulgação

Entre as mudas frutíferas que serão produzidas estão a manga, o abacate, a jaca, a carambola, entre outras

O Terreiro Ilê Axé Talabí, localizado em Paulista, realiza, neste sábado (8) e domingo (9), o projeto Articula Matriz Africana: Cultura, Territorialidades e Ecossistemas. Produzida com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, a iniciativa tem o objetivo de promover transmissões de saberes, fazeres e métodos tradicionais de cultivo e manejo da terra resguardados pelas comunidades de matrizes afro-indígenas de Pernambuco. A entrada é gratuita.

Com produção do  Núcleo de Mídia, Comunicação e Tecnologia Social do terreiro, o projeto irá promover vivências orais, gastronomia tradicionais dos orixás, além da produção de uma horta comunitária de ervas medicinais e  produção de mudas de árvores frutíferas e sagradas para compartilhamentos com outros terreiros da Região Metropolitana do Recife.

Entre as mudas frutíferas que serão produzidas estão a manga, o abacate, a jaca, a carambola, entre outras. Dentro do campo sagrado serão plantadas o Igi Opé (Dendezeiro), Jurema Preta, Akoko, Obí e Iroko.

Na gastronomia, o público e a comunidade irão se alimentar das comidas tradicionais, como: Èwà Obaluaiê (feijão do senhor rei da terra), Àgbàdo Funfun – milho branco (mungunzá), Fèsélù Òbúko – Pirão de bode e Isu – inhame.

Uenni Mirelli/Divulgação

Uenni Mirelli/Divulgação

Evento é promovido pelo Núcleo de Mídia, Comunicação e Tecnologia Social do terreirp

Os dois dias de atividades serão oportunidades para sensibilizar as pessoas sobre os conhecimentos oriundos da ancestralidade afro-indígena no campo do uso sustentável dos recursos naturais e da alimentação. O momento será coordenado pela RAE – Rede de Autogestão em Ecossistemas da Comunidade Tradicional do Terreiro Axé Talabi, e valoriza os territórios terreiros enquanto espaços de preservação do ecossistema natural e da biodiversidade.

Sem natureza não há orixás, os orixás são as próprias manifestações e vitalidades dos elementos naturais. Não há cultura, cultivo e continuidade sem água, sem terra, sem ar. E é neste sentido que nossas comunidades de terreiros atuam como espaços de envolvimento para preservação de um legado, um sentido de mundo que relaciona espiritualidade, cuidados e vida”, explica o babalorixá e juremeiro Pai Júnior de Odé, membro do conselho religioso do Terreiro Axé Talabi e idealizador do projeto.

Confira a programação completa abaixo: 

Sábado (8)

9h - Acolhida dos participantes e vivência Ilè ògérè: a Mãe Terra
10h – A ciência das folhas: apresentação das espécies e tratamento da terra
12h às 14h – O alimento que nos une: preparação e refeição coletiva do Èwà Obaluaiê – feijão do senhor rei da terra
15h às 17h – Produção da horta: processos de plantio das espécies na horta comunitária de ervas medicinais
18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do àgbàdo funfun – milho branco (mungunzá) e fechamento do primeiro dia de atividades

Domingo (9)

9h - Vivência as folhas têm segredos
10h - Sementes de Jurema: apresentação das sementes, narrativas ancestrais e produção das mudas de árvores e ervas sagradas
12h – O alimento que nos uni: preparação e refeição coletiva do fèsélù òbúko – Pirão de bode
15h – Vivência corpo templo, morada da natureza
17h – Vivência ensinamentos que vêm da terra: memórias do território de Paratibe
18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do isu – inhame; fechamento do segundo dia de atividades com a entrega dos certificados para todos os participantes

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