Trupe Circus estreia o espetáculo “Vidas Entrecruzadas no Picadeiro”
Postado em: Artes Cênicas | Lei Aldir Blanc
A Trupe Circus, que integra o corpo circense da Escola Pernambucana de Circo (EPC), estreia o espetáculo “Vidas Entrecruzadas no Picadeiro”, na próxima quarta feira (7). Contemplada pelos recursos da Lei Aldir Blanc em Pernambuco, a montagem é fruto de uma pesquisa que começou em 2019, unindo jovens artistas formados pela EPC e mestres e mestras do circo tradicional, mesclando saberes e vivências e, assim, renovando o sirco. Serão três dias de apresentação, de 7 a 9 de abril, com entrada gratuita, na sede da EPC, às 19h30. É necessário apresentar o cartão de vacinação.
A pesquisa da Trupe, inicialmente com foco na Montagem de Números Tradicionais Circenses, por conta da pandemia, que atropelou o processo de trabalho, acabou sendo uma grande experiência de persistência e resiliência que os jovens artistas levarão para toda a vida. O esforço e o risco, normalmente associado ao Circo, para eles teve de ser redobrado. “Foi difícil porque são números que requerem muito treino, força e coragem. São desafiadores. E ainda tivemos uma parada grande de julho de 2021 pra cá. Isso esfria a técnica, e aí é preciso começar quase do zero de novo, e também tivemos que fazer substituições no elenco, o que necessitou de mais tempo de ensaio”, destaca Fátima Pontes, coordenadora da EPC, que divide a direção do espetáculo com Anne Gomes.
Nos exercícios de maior risco, força e coragem, a Trupe Circus contou com a regência da mestra do Circo Alves, Irá Gardênia, especialista em números de passeio aéreo, força capilar, chicote e laço, e dos mestres do Circo Disney, Danilo e Jairo Vidal, nos números de giro da morte, laço e chicote. Os três fazem participação especial no espetáculo. Como nos circos tradicionais, o roteiro da apresentação é mesclado com números e coreografias, num total de 10. É programação cultural para todas as idades.
SOBRE A TRUPE CIRCUS - Composta por 10 componentes, presentes em várias ações do calendário de eventos do Estado, a Trupe foi fundada em 2000 com alunos formados na EPC. No currículo, do qual fazem parte agendas internacionais, como o 1° Foro Mundial das Alternativas dos Mais Excluídos, promovido pela Emaus Internacional, na Suíça (2018), e o FestiCirco no Peru (2016), além de conferências, simpósios e congressos em países como Argentina e Uruguai, constam o intercâmbio com a Cia Débora Colker, no espetáculo Do Sertão Ao Marco Zero, e cerca de 15 espetáculos autorais.
HISTÓRICO - A Escola Pernambucana de Circo (EPC) foi fundada em 1996 por um grupo de educadores e artistas populares, inquietos com a situação de boa parte das crianças e adolescentes da cidade, que se viam com seus direitos básicos negados, principalmente os de educação, cultura e lazer. A EPC tem como missão promover a inclusão de crianças, adolescentes e jovens das classes populares, por meio das artes, especificamente o Circo, fortalecendo sua identidade cultural, o vínculo social e os valores da cidadania. Uma instituição multifacetada que tem como premissa a Pedagogia do Circo Social, cuja perspectiva de promoção da cidadania e transformação social é regida por meio da arte circense e pelo explícito conteúdo social, político e cultural que a permeia.
Serviço
Espetáculo “Vidas Entrecruzadas no Picadeiro”
Quando: 7, 8 e 9 de abril de 2022 (quarta, quinta e sexta-feira), às 19h30
Onde: Sede da Escola Pernambucana de Circo (Av. José Américo de Almeida, 5 – Macaxeira – Recife/PE)
Acesso gratuito
