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Antropóloga Renata Mesquita inicia pesquisa Confluências Atlânticas entre os afoxés: Brasil-Nigéria

Com incentivo do Funcultura, pesquisadora realiza diário de campo no país africano durante vivência e prepara como resultado materiais escritos, fotográficos e filme documentário

Renata Mesquita/Divulgação

Renata Mesquita/Divulgação

Durante a viagem, antropóloga visitou locais de representação para os povos iorubás, em locais como o estado de Oyó

Fruto de uma pesquisa da doutoranda em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (PPGA/UFPE) Renata Mesquita, neste mês de agosto teve início a pesquisa Confluências Atlânticas entre os afoxés: Brasil-Nigéria, produzida com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura. Ao longo de 17 dias, a pesquisadora produziu um diário de campo durante uma viagem à Nigéria (África Ocidental), realizada para vivenciar duas celebrações culturais locais: o Festival de Oxum, em Oxobô (capital do estado de Oxum), e o Festival de Xangô, em Oyó (estado interior, a sudoeste da Nigéria), eventos que reverenciam os orixás que os batizam.

Rennan Peixe/Divulgação

Rennan Peixe/Divulgação

Renata Mesquita viajou pela Nigéria, em agosto deste ano, para iniciar a pesquisa que conta com incentivo do Funcultura

Com essa pesquisa, prevista para ser concluída em 2025, Renata Mesquita busca confluenciar as trocas culturais entre Brasil e Nigéria. Para isso, a pernambucana percorreu locais de representação para os povos iorubás, como o estado de Oió (em iorubá: Oyó), o estado de Oxum (em iorubá: Osun) e a cidade de Ilê-Ifé (antiga iorubá), localizada no sudoeste da Nigéria. Além do resultado da pesquisa, um filme documentário é preparado pela antropóloga, com a parceria do fotógrafo pernambucano Rennan Peixe, presente no intercâmbio

“É um projeto de pesquisa que busca dialogar sobre as confluências transatlânticas entre Brasil-Nigéria tendo como fio condutor os afoxés, expressão artística afrodiaspórica que surge no terreiro de candomblé e passa a ter a sua extensão nas ruas. Inclusive, hoje existe uma adesão da população e consequentemente um ganho de espaço e notoriedade nos territórios onde encontram-se localizados”, explica a antropóloga.

Renata Mesquita/Divulgação

Renata Mesquita/Divulgação

Um dos locais visitados pela pesquisadora foi o Palácio de Aláàfin Oyó

Além de experienciar os festivais de Oxum e de Xangô, Renata visitou o Vale Sagrado de Osun, em Osogbo; a nascente do Rio Osun, em Equiti (em iorubá: Ekiti); o Palácio de Alafin Oyó e os Templos dos Orixás. Nesses espaços, foram realizadas entrevistas com Iyás e Babás, como Iyá Iyemoja, Iyá Osun, Iya Oyá, Mogba Koso e Babá Èṣù, além de fotografias para a o registro documental.O diário reúne uma lista com espaços culturais, gastronomia e atividades diversas, tais como a celebração para o orixá Ajé no mercado em Oyó; ida ao Mercado de Akesan; inauguração do templo de Exú (em iorubá: Èṣù) em Oyó; festa de Èṣù pelas ruas; saída de Oiá (em iorubá: Oyá) nas ruas em Oyó; templo de Oyá Oke Onira, o Ológbojò, saída de Egungum (em iorubá: egungun); feitio do Amalá de Xangô (em iorubá: Ṣàngó) em Oyó; prova do Asaro (comida preferida da Osun em Oyó – feita com dendê, cebola, sal e inhame cozido); ida ao Bosque Sagrado da Osun em Oyó, rituais para a Arugba Osun; saída da Arugba Osun nas ruas em Oyó; e ida ao Oniguedes Palace, Museu Nacional de Oyó.

Renata Mesquita/Divulgação

Renata Mesquita/Divulgação

Pesquisa sobre as confluências entre os afoxés da Nigéria e do Brasil está prevista para ser concluída em 2025

A pesquisa está em desenvolvimento e tem como resultados a produção e publicação de artigos científicos, apresentações em eventos e publicação do livro impresso e no formato digital, com acesso gratuito ao Ebook, sendo assim disponibilizado para todas as pessoas.

Confluências Atlânticas entre os afoxés: Brasil-Nigéria tem na coordenação da pesquisa a professora doutora Ana Claudia Rodrigues da Silva (PPGA/UFPE);. na coordenação para assuntos afro-religiosos o babalorixá Adilson Severiano de Oliveira Filho; e o apoio da embaixadora cultural Paula Gomes, além da assessoria de imprensa de Daniel Lima.

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