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Dia Estadual do Cavalo Marinho é comemorado com apresentações gratuitas neste sábado (29)

Festa que reúne diversos grupos de Cavalo Marinho acontece em Condado e rende homenagem aos mestres Zé de Bibi e Inácio

Foto: Foto Roberta Guimarães/Secult-PE/Fundarpe

Foto: Foto Roberta Guimarães/Secult-PE/Fundarpe

Encontro de Cavalos Marinhos_Mestre Aguinaldo / Terreiro de Biu Alexandre-Condado / PE

Na brincadeira do Cavalo Marinho, o tempo parece passar diferente. Tudo é cíclico e até um pouco mágico. Afinal, são oito horas de música, dança e encenação. Os mais de 70 personagens desta tradição ancestral que tem sua origem nas lavouras de cana-de-açúcar se alternam entre loas e toadas que ecoam nos terreiros madrugada adentro. Neste sábado (29), Dia Estadual do Cavalo Marinho, não poderia ser diferente.

Para comemorar o brinquedo típico da Zona da Mata pernambucana, a Associação dos Grupos de Cavalo Marinho de Pernambuco realiza o 3º Encontro Estadual de Cavalo Marinho, com apoio do Governo de Estado de Pernambuco, por meio da Patrimônio Imaterial da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e da Secretaria de Cultura.

Onze grupos de Cavalo Marinho participam da festa, que acontece na Praça São Cristóvão, em Condado, a partir das 20h, com entrada aberta ao público. São eles: Estrela de Ouro de Condado, Boi Brasileiro, Estrela Brilhante, Flor de Manjerona, Boi Matuto de Olinda, Boi da Lua, Boi Pintado, Mestre Batista, Boi Maneiro, Boi Tira Teima e Estrela do Oriente do Mestre Inácio Lucindo.

Este ano a celebração rende homenagem a dois grandes mestres, Inácio e Zé de Bibi. Mestre Zé de Bibi é Patrimônio Vivo e fundador do Cavalo Marinho Tira Teima, com mais de 60 anos de tradição, e do Sítio Histórico do Cavalo Marinho, localizado em Glória do Goitá. Nascido em 7 de julho de 1942, ele começou a trabalhar ainda muito novo no roçado, ajudando os pais. Foi justamente nessa época, na área rural, que ele entrou em contato com os festejos populares do Cavalo Marinho.

Foto: Jan Ribeiro/ Secult-PE/ Fudarpe

Foto: Jan Ribeiro/ Secult-PE/ Fudarpe

Mestre Zé de Bibi, Patrimônio Vivo de Pernambuco

Assim também ocorreu com Mestre Inácio. Hoje com 86 anos, ele brinca há 77 no Cavalo Marinho. Ambos são referências para gerações de brincantes e formaram artistas que levam a cultura da Zona da Mata Brasil afora. Celebrar esses legados, inclusive, é um dos grandes objetivos do Encontro Estadual de Cavalo Marinho e da política de salvaguarda da Fundarpe.

Comemorar o Dia Estadual do Cavalo Marinho é viabilizar uma manifestação da cultura popular rica e complexa, que é composta por música, dança, poesia, coreografias, loas, toadas. Os cerca de 76 personagens são divididos em três categorias (animais, humanos e fantásticos) e retratam, com exageros e elementos fantasiosos, o dia a dia dos trabalhadores da cana. Amores e desamores, repressão, encontros da vida, e bicharada no cotidiano, tudo com muito humor e zombarias.  Uma tradição única, que só é encontrada na Zona da Mata de Pernambuco.

Aqui, neste link, é possível encontrar o Inventário Nacional de Referências Culturais do Cavalo Marinho, um dossiê aprofundado, que está disponível para download gratuito.

Foto: Jorge Farias / Secult PE / Fundarpe

Foto: Jorge Farias / Secult PE / Fundarpe

Cena da brincadeira de Cavalo Marinho

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