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Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho divulga resultado final da nona edição

Conheça as propostas premiadas

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Homenageado com prêmio em seu nome, Ayrton de Almeida Carvalho foi engenheiro e professor de arquitetura

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco Fundarpe, divulgou nesta quinta-feira (18) o resultado final do 9º Prêmio Ayrton Almeida de Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Os vencedores das categorias Formação; Promoção e Difusão; e Acervos Documentais e Memória Cultural podem ser conferidos aqui.

Acesse aqui todos os documentos relacionados ao edital.

O Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco foi instituído pelo Decreto nº 42.050, de 17 de agosto de 2015, e tem por objetivo a seleção e a premiação de ações exemplares voltadas à proteção, preservação, conservação, salvaguarda e outras formas de acautelamento do patrimônio cultural de natureza material e imaterial em todas as macrorregiões do Estado. São contemplados com valores de R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente, o 1º e o 2º lugar em cada uma das três categorias

HOMENAGEADO - Ayrton de Almeida Carvalho foi engenheiro, professor de arquitetura e chefiou o Departamento Regional do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco deixando um legado dedicado à preservação e cuidado do patrimônio cultural.

Confira as propostas premiadas

Formação antirracista de Educação Patrimonial do Afoxé Alafin Oyó (Formação)
O projeto Formação antirracista de Educação Patrimonial se insere num plano abrangente e resistente de mais três décadas de busca de valorização, convergência e divulgação da cultura afrodescendente. Tem um papel social que atualmente transcende o território do afoxé,
atuando por meio desse projeto junto a unidades educativas para defesa da cultura por meio de música, cânticos e realização através de instrumentos musicais, assim como colaborando para atividades pre e carnavalescas, estimulando as ações no âmbito social do turismo, para além dos territórios. As oficinas se materializam em ações e intervenções também no âmbito da preservação com a museologia, deixando registros históricos para além das intervenções contemporâneas. É Patrimônio Vivo de Pernambuco (RVP 2023), além de ter seu reconhecimento como Ponto de Memoria pelo Instituto Brasileiro de Museologia (Ibram) em 2023.

Guerreiros do Passo: Projeto Frevo na Praça (Formação)
O Grupo de Pesquisas e Ações em Frevo Guerreiros do Passo, é uma instituição de ensino, difusão e salvaguarda dos saberes característicos ao Passo, a dança do frevo. Formado por discípulos do mestre Nascimento do Passo, o grupo realiza seu trabalho de forma voluntária e contínua desde 2005, na Cidade do Recife, e é gratuito ao público. Os Guerreiros do Passo atuam no campo da tradição, da memória, da cultura popular e da transmissão dos saberes herdados do mestre Nascimento do Passo, objetivando salvaguardar e difundir o primeiro método de ensino para a dança do frevo, o conhecido Método Nascimento do Passo e seu legado artístico-histórico-cultural. O trabalho dos Guerreiros se tornou referência para o ensino-aprendizado do frevo, iniciou um novo olhar e uma nova estética para essa dança, e é objeto de estudo de pesquisadores, acadêmicos, passistas e artistas das diferentes linguagens. Desde sua fundação desenvolve suas atividades na Praça do Hipódromo, Recife, Pernambuco, promovendo a ocupação saudável do espaço público, democratizando o acesso a esse bem cultural, para todas as pessoas de todas as idades, acolhendo na praça crianças, idosos, pessoas com deficiência e todos que queiram cair no passo garantindo sua fruição a todos os amantes do frevo, Patrimônio Imaterial do Brasil e da Humanidade.

Opara: Série Documental em Tributo ao Rio São Francisco (Promoção e Difusão)
Série documental audiovisual em seis episódios, que procura registrar e discutir o Rio São Francisco a partir do olhar dos habitantes das comunidades ribeirinhas, a respeito de temas como: interações com a natureza; ocupação e desenvolvimento; religiosidade e misticismo; mitologias, lendas e assombrações; manifestações artísticas, folclóricas e culturais; e sabores e saberes. Estes seis episódios, conjugados, apresentam de modo consistente a complexidade antropológica, histórica e a importância econômica e cultural que o Rio São Francisco notoriamente detém para o país e mais especialmente, para os povos tradicionais que habitam a sua bacia no estado de Pernambuco.

Web Série: Adereços Carnavalescos (Promoção e Difusão)
O projet trata-se de uma web série que aborda o universo dos Adereços Carnavalescos dentro de três agremiações que fazem parte do Patrimônio Imaterial e/ou que são lideradas por patrimônios vivos. O Urso Cangança é liderado pela Mestra Cristina (patrimônio vivo); O Bonde é um grupo de frevo e também patrimônio imaterial do Recife e o Maracatu Almirante do Forte é um Baque Virado, liderado por Mestre Teté, patrimônio vivo do Recife. As agremiações foram escolhidas a partir da curadoria do Diretor Artístico -Manoelzinho Salustiano – artista guardião dos saberes da cultura popular, e uma das maiores expressões do artesanato carnavalesco do Brasil. São investigadas questões relativas à simbologia e a produção dos adereços carnavalescos ao longo do tempo, de como o processo e as soluções criativas se dão, as pessoas envolvidas e o repasse de saberes, na perspectiva da preservação dessa prática. Singularidades, semelhanças, características estéticas, metodologias de criação, processos criativos, personagens/profissionais envolvidos nesse ofício, evolução, transmissão de práticas e técnicas ao longo dos anos: sentidos e valores atribuídos, participação das novas gerações. Após a etapa de gravação e edição, os três primeiros episódios foram lançados no início de 2024, algumas semanas antes do Carnaval nas três sedes dos grupos e nas redes sociais da Casa Astral. Também houve difusão na TV Pernambuco e em redes de professores de escolas públicas de Olinda e Recife. Mais 3 episódios serão produzidos ainda em 2024, dessa vez com grupos da Zona da mata Norte, através de outro incentivo. Além dos vídeos, também são produzidos fôlderes, que trazem mais informações sobre a história dos grupos e podem ser usados pelos grupos durante seus desfiles, como uma espécie de cartão de visita para conexão com público. Os fôlderes têm QR codes que levam aos conteúdos na plataforma de vídeo.

Museu das Tradições do Cavalo Marinho: Acervo, Brinquedo e Memória (Acervos Documentais e Memória Cultural)
O projeto trata de um museu criado em 2020, como forma de resistência na pandemia, e que atualmente desenvolve diversas atuações socioculturais dentro da própria comunidade, no campo educacional recebendo escolas das redes públicas e privadas, alunos de EJA e dentro do
roteiro turístico estadual. Promovendo ações beneficentes, solidárias e culturais da cultura popular pernambucana nos ciclos festivos como Carnaval, São João e Natalino, o Museu das Tradições do Cavalo Marinho (MTCM) tem como principal objetivo salvaguardar e difundir a brincadeira do Cavalo Marinho, que vem num crescente apagamento na sua forma mais genuína de representação. Idealizado e criado por Andala Quituche, uma mulher, preta e brincante da tradição, o MTCM é o único museu em seu próprio município na Zona Rural de Aliança. Junto com seu esposo Mestre Grimário, o artista plástico Paulo Alves e várias doações de Mestres, Grupos de Cavalo Marinho e familiares, o projeto do museu está exposto e subdividido em 04 alas, descritas a seguir: 1) a ala chamada de Mestre Grimário e seu Legado; 2) a ala do Cantinho do Mestre, que é um espaço dedicado a homenagear os Cavalos Marinhos existentes em Pernambuco; 3) a ala é chamada Clube da Mulher do Campo, e esta dedica à memória da Associação do Clube da Mulher do Campo – Nair Alves de Medeiros, que doou seu prédio ao Cavalo Marinho Boi Pintado, sede do Museu; 4) por fim a ala de nome A Torda é dedicado aos mestres e brincantes que já faleceram, esteiras de palha estão penduradas no teto, fazendo referência à dormida dos mestres. Estrelas bordadas tal como são estampadas nas golas de cavalo marinho representam os folgazões que já partiram deste mundo.

Restauração da História e Cultura Regional Através da Recuperação da Casa-Grande de Cachoeira do Taepe (Acervos Documentais e Memória Cultural)
Projeto com o objetivo de restaurar a Casa-Grande da Fazenda Cachoeira do Taepe, localizada em Surubim (PE), com o intuito de recuperar um equipamento que se encontrava em estado de degradação desde 2011 e preservar o modo de construção em Taipa de Mão, característico da
arquitetura do imóvel do Período Colonial do Brasil, utilizando-se do saber e práticas ancestrais com singularidade de técnicas de origem africana e lusitana preservadas no modo de fazer na comunidade. A proposta contribui para a preservação do patrimônio cultural-histórico e arquitetônico de Pernambuco. Alça e dialoga com o desenvolvimento sustentável, trazendo o modelo utilizado para restauração e preservação das características originais da Casa-Grande, bem tombado pelo Iphan desde a década de 1980. Reaberta ao público, de forma gratuita, para visitação a partir do ano de 2021, por meio de ações de incentivo à cultura e identidade regional, no conhecimento concreto da sociedade colonial e os aspectos históricos e culturais que envolvem a visitação à casa-museu – uma imersão em espaços que acolhem crianças e adolescentes em idade escolar que realizam visitação através de excursão, desenvolvendo o turismo educacional, coordenado pelo Centro Cultural Casa-Grande
Cachoeira do Taepe.

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