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Carpina sedia a residência artística Casa Viva, de Juliana Lapa

Com incentivo do Funcultura, projeto tem como mote a exposição individual da artista numa proposta que extrapola o conceito de galeria de arte

Danilo Galvão/Divulgação

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Natural de Carpina, Juliana Lapa foi movida pelos afetos com a cidade e o desejo de compartilhar as memórias que estão impressas na sua obra artística

Aos poucos o casarão número 233, na Av. Murilo Silva, no Centro de Carpina, um dos mais antigos da cidade na Zona da Mata Norte, foi ganhando novos ares e chamando a atenção dos moradores da região. Essa transformação fez nascer a CASA VIVA, projeto de residência artística que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, e tem como mote a exposição individual de Juliana Lapa, numa proposta que extrapola o conceito de galeria de arte. A visitação ao espaço segue aberta até o 30 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 19h, e é gratuita.

A programação foi pensada para promover a imersão multidisciplinar na arte, com vivências e formações que aprofundam questões sobre patrimônio, desenho, acessibilidade para as artes, arqueologia, associativismo e cultura popular em conexão com a educação e a produção do pensamento.

Danilo Galvão/Divulgação

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Projeto da artista também busca abrir um diálogo na cidade sobre arte, preservação do patrimônio histórico, políticas públicas na área cultural e formação de público

Natural de Carpina, Juliana Lapa foi movida pelos afetos com a cidade e o desejo de compartilhar as memórias que estão impressas na sua obra artística e, ao mesmo tempo, abrir um diálogo na cidade sobre arte, preservação do patrimônio histórico, políticas públicas na área cultural e formação de público.

“Partimos do desejo de ver acontecer arte em Carpina. A cidade não tem galeria, nem museu”, lamenta a artista, que tem ao seu lado, na equipe principal do projeto, Mery Lemos, também natural de Carpina, que assina a coordenação de produção; e Bruna Rafaella Ferrer, natural de Vitória de Santo Antão, à frente da curadoria e do Educativo. A equipe multidisciplinar é formada também pelo historiador Rodrigo Sávio e o restaurador Walas Fideliz.

O desejo da equipe multidisciplinar que compõe a CASA VIVA é formar um público para a arte e mediar um encontro sensorial entre visitantes e as obras, inéditas em sua maioria, distribuídas em cada cômodo da casa. Na cozinha, devidamente equipada com os utensílios e eletrodomésticos de praxe, funcionará a parte mais importante da exposição, segundo Juliana Lapa, que é o Educativo.

“É o coração da exposição. Ouso dizer que sem o Educativo estaríamos no lugar comum da Arte, que não se abre. O Educativo vem para dizer: vamos dialogar, vamos falar de arte como quem fala de vida. Falar da cidade e das pessoas que nela moram. Arte é o espírito da Educação. Quero que meu trabalho seja compreendido, seja popular”, afirma.

Danilo Galvão/Divulgação

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O casario onde está instalada a exposição fica na Av. Murilo Silva, 233, no Centro de Carpina

Na sala, a artista instalou um retábulo, onde criou uma obra a partir do título Zona da Saudade da Mata Norte, onde conta a história de Carpina na sua perspectiva. A paisagem da mata, que dá nome à região onde a cidade está localizada, e que tem sido engolida pelos canaviais.

Em outro cômodo, uma obra foi desenhada na parede, onde interage com o passado da casa por meio das várias camadas de tinta de tempos anteriores, que a artista encontra ao decapar (raspar) as camadas com o uso de um bisturi, executando uma prospecção estratigráfica. Já no quarto, a interação é sonora, e o suporte é uma escrivaninha de madeira com gavetas de vários tamanhos.

Neste sábado (16), será realizada a Oficina de Arte | Desenho Expandido, que será itinerante, por vários pontos da cidade. No dia 30 de setembro, tem o encerramento da exposição e o lançamento do fascículo II do catálogo.

Serviço:
Exposição individual de Juliana Lapa
CASA VIVA (Av. Murilo Silva, 233. Centro. Carpina – PE)
Visitação de terça a domingo, das 10h às 19h
Sábado (16): Oficina de Arte | Desenho Expandido – Saída da CASA VIVA, 14h às 18h
30 de setembro: Encerramento da exposição e lançamento do Fascículo II do Catálogo

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