Curta-metragem “Retomada” sobre indígenas em contexto urbano tem lançamento em Olinda
Estreia é realizada na Casa do Cachorro Preto, no dia 06 de dezembro, às 17h, com apresentação musical de Siba Puri, com a participação da cantora Briê e grupo Semente de Maracá
Postado em: Audiovisual | Lei Paulo Gustavo

Foto: Erlânia Nascimento/Divulgação
Neste sábado, 6 de dezembro, o curta-metragem Retomada, que narra a luta de mulheres indígenas em contextos urbanos, estreia com exibição, debate e shows. O lançamento acontece em Olinda, na Casa do Cachorro Preto (rua Treze de Maio, nº 99, bairro do Carmo), a partir das 17h, com entrada gratuita. Retomada tem incentivo público, com o financiamento do edital Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio dos recursos do Ministério da Cultura, Governo Federal, Governo do Estado de Pernambuco e Secretaria de Cultura de Pernambuco.
A programação reúne as apresentações musicais pernambucanas autorais de Siba Puri, com a participação da cantora e compositora Briê, e do grupo Semente de Maracá, da cultura popular e do ritmo do coco, apresentando sua música recém-lançada, chamada de Vozes das Sementes, dentro do repertório.
As protagonistas do documentário são as pernambucanas Monique Xavier (professora de dança, performer e cantora), Siba Puri (cantora, compositora e musicista) e Selly Tarairiú (artista visual, fotógrafa e realizadora audiovisual). A direção do documentário, com classificação indicativa livre e 12 minutos de duração, é assinada por Erlânia Nascimento, que também é de Pernambuco. Já a ideia surge da retomada indígena da cearense Lia Braga, da etnia Guanacé e criada no Recife.
Também estão no elenco do filme mais artistas mulheres: Belle Mota e Joyce Santana, ambas pernambucanas. Além da produção executiva, Lia Braga assume o argumento da criação autoral, enquanto Erlânia Nascimento atua nas funções do roteiro, direção de fotografia, cores e finalização da obra audiovisual. A coletividade está presente, com o envolvimento entre uma diversidade de profissionais para a realização.
Retomada mostra a existência dos caminhos indígenas que se unem com resistência, formando uma rede de corpos-territórios, a partir da ideia de acolhimento e de compartilhamento de narrativas da ancestralidade. O movimento, além de territorial, também é um resgate da identidade indígena e ancestral, e também da arte, da cultura, da educação, sempre fortalecendo pautas de gênero e da política social.
O filme também reúne recursos de acessibilidade como interpretação em Libras para a comunidade surda; Audiodescrição (AD) para pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão), intelectual ou neurodivergentes; Legendas para pessoas surdas e ensurdecidas (LSE).