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Espetáculo feminino “Negras Aboto” estreia no Teatro Barreto Júnior

Fernando Azevedo/Divulgação

O Teatro Barreto Júnior, no bairro do Pina (Recife), recebe a estreia do espetáculo Negras Aboto, nos dias 17 e 19 de março (sexta-feira e domingo), às 19h. A montagem, que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos, tem como proposta apresentar, por meio da dança e música, a ancestralidade, raízes e ligações sobre os corpos femininos negros. Ao todo, 19 mulheres negras da periferia, ligadas aos terreiros de religiões de matriz africana, compõe a peça. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), e podem ser adquiridos pelo site Sympla.

O espetáculo tem como protagonista as dançarinas Raquel Araújo e Islene Martins. Juntas, elas trazem ao palco mitos e forças dos orixás: Oxum e Xangô, embaladas pelos movimentos inspirados na salsa e nas danças de culturas afro-brasileiras. A poesia também será marca principal da peça, com textos da poetisa Edgleice Barbosa. A peça tem duração de uma hora e é dividida em duas partes. Na primeira etapa, o público contempla a apresentação, e, em seguida, acontece um bate-papo especial com as integrantes do espetáculo, com espaço para perguntas e respostas da plateia.

A montagem terá a participação de sete percussionistas, negras, de várias áreas da região metropolitana. São elas: Carminha de Xangô, 37 anos; Josy Caldas, 29 anos; Barbará Regina, 32 anos; Marianne Costa, 34 anos; Gabriela Moura, 29; Aryanne Vieira, 27 anos; e Lu Mattos. No palco, elas vão comandar o repertório que vai embalar a apresentação. Também se soma ao grupo as poetisas Edgleice Barbosa, 42 anos; e Pollyanne Carlos, 34 anos.

A narrativa nasceu dos questionamentos sobre o papel das mulheres dentro do contexto contemporâneo, no contexto da música, da dança, e dos constantes ataques à sexualidade feminina imposta pelo machismo. “Poder levar este espetáculo para o público é uma forma de mostrar a força de todas nós, mulheres pretas e periféricas, muitas das vezes subestimadas pela nossa cor, talento e coletividade. É preciso, de uma vez por todas, que a sociedade reconheça e respeite a mulher preta, de comunidade, dando oportunidades, voz e garantindo a participação delas onde elas quiserem”, destaca Islene Martins, produtora cultural e coordenadora do projeto.

Para Raquel Araújo, produtora cultural e uma das atrizes principais do espetáculo, é preciso fazer a sociedade refletir sobre a importância que nós, mulheres, negras e periféricas, temos para o nosso País. “ É necessário construir o principio da coletividade em favor de nós, aproximando comunidades diversas, como estudantes, historiadores, povos de terreiro, coletivos negros, feministas negras, artistas, fazedores culturais, instituições articuladas, como forças de apoio e encorajamento. Sem dúvidas, juntas podemos mais “, diz.

Além das exibições no teatro, conteúdo também ficará disponível na página do projeto, no canal: youtube.com/@negrasaboto.

Serviço
Espetáculo Negras Aboto
Quando: 17 (sexta-feira) e 19 (domingo) de março de 2023, às 19h
Onde: Teatro Barreto Júnior, rua Estudante Jeremias Bastos, bairro do Pina, Recife
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Antecipados pelo Sympla

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