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Governo de Pernambuco realiza cerimônia de lançamento das obras vencedoras do 9° Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura

Três autores da RMR, Agreste e Sertão foram contemplados pela premiação

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

Durante a cerimônia, a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, destacou a relevância do prêmio como instrumento de estímulo à criação literária e à democratização do acesso à cultura

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Secult-PE) e em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), realizou na noite desta quarta-feira (30), no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), a cerimônia de lançamento das obras vencedoras do 9° Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura. A iniciativa, consolidada como uma das principais ações de fomento à literatura no Estado, reafirma o compromisso do poder público com a valorização dos escritores pernambucanos e com a difusão da produção literária regional.

As obras selecionadas nesta edição representam a diversidade criativa das macrorregiões do Estado. São elas: “Beberibe – e a arte de ocupar terrenos baldios”, de Filipe Gondim (Região Metropolitana do Recife); “Claiô”, de Mário Rodrigues (Agreste); e “Os meninos da Rua da Linha”, de Djaelton Quirino (Sertão). Cada livro foi publicado pela Cepe Editora, com tiragem de 600 exemplares, e estiveram disponíveis para compra durante a cerimônia, que contou com sessão de autógrafos dos autores premiados.

Criado para fortalecer a produção literária contemporânea em Pernambuco, o Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura busca reconhecer, valorizar e difundir o trabalho de escritores do Estado, contemplando obras inéditas nos gêneros poesia, contos ou romance, escritas em língua portuguesa. O edital do 9° Prêmio concedeu R$ 18 mil para cada uma das três obras vencedoras, sendo uma delas agraciada com o Grande Prêmio Hermilo Borba Filho (“Beberibe – e a arte de ocupar terrenos baldios”, de Filipe Gondim), que recebeu um valor adicional de R$ 18 mil, totalizando R$ 36 mil.

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

As obras selecionadas nesta edição representam a diversidade criativa das macrorregiões do Estado

Durante a cerimônia, a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, destacou a relevância do prêmio como instrumento de estímulo à criação literária e à democratização do acesso à cultura. “Cada edição do Prêmio Hermilo Borba Filho reforça o quanto a literatura pernambucana é pulsante, diversa e representativa. Esta é uma política pública que ultrapassa a publicação de livros, ela fortalece trajetórias, promove a regionalização da produção e faz ecoar as vozes dos nossos autores em todo o Estado e também nacionalmente. É uma alegria celebrar, junto com a Cepe e com o público leitor, mais uma geração de escritores que nos inspira e engrandece a cultura de Pernambuco”, afirmou Cacau de Paula.

A seleção das obras vencedoras foi realizada em duas etapas: uma Comissão de Julgamento Geral, formada por especialistas da área literária, com representantes do Conselho Estadual de Política Cultural e da Cepe Editora, foi responsável pela análise inicial; e uma Comissão Final, composta por membros do Conselho Editorial da Cepe, escolheu as obras contempladas.

Sobre o prêmio – O Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura foi criado em 2013, retomando a tradição dos concursos literários estaduais e ampliando o acesso de escritores de todas as regiões a políticas de incentivo editorial. Desde então, tornou-se referência no cenário literário pernambucano, contribuindo para revelar novos talentos e consolidar a literatura do Estado como uma das mais expressivas do país.

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

Cada livro foi publicado pela Cepe Editora, com tiragem de 600 exemplares

Os vencedores e suas obras:

“Beberibe – e a arte de ocupar terrenos baldios”, de Filipe Gondim (Região Metropolitana do Recife) – Gênero: poesia.

Filipe Gondim, artista multimeios e pai de João e Maria. É pernambucano de Recife e teve seus primeiros contatos com a produção artística, escritas urbanas, no bairro de Beberibe, periferia do Recife (PE). Anos mais tarde, começou a fazer experimentações com fotografia, literatura e lambe-lambe. Desde então, transita com o seu trabalho nestas linguagens. Compõe alguns coletivos artísticos como o Coletivo Encruzilhada e Saída de Emergência. Foi um dos idealizadores do Festival Mural (Movimento Urbano de Resistência e Arte do Lambe). Graduado do curso Letras – Português/Espanhol (UFRPE), desenvolveu como bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) – Letras 2018/2019, projeto de fruição em literatura com estudantes do ensino médio da Escola Estadual Francisco de Paula (Camaragibe). Publica textos literários e ensaios críticos em revistas e publicações especializadas sobre arte. Beberibe e a Arte de Ocupa Terrenos Baldios é seu primeiro livro publicado. “O livro trata do bairro que eu nasci e me criei, das vivências que eu tive com o território e com as pessoas que eu convivi e que me formaram. É um pouco da história do meu lugar. A nossa aldeia é o nosso mundo”, expressou Filipe Gondim.

“Claiô”, de Mário Rodrigues (Agreste) – Gênero: romance.

Mário Rodrigues nasceu em Garanhuns-PE, em 1977. É contista e romancista. Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura e finalista do Prêmio Jabuti, escreveu A cobrança (Record), Receita para se fazer um monstro (Record), O motorista de Médici (OIA), entre outras obras. “É uma grande alegria, um orgulho ser reconhecido por essa premiação que é uma das mais importantes no universo literário do Estado. O prêmio coloca o livro na praça e essa edição da Cepe ficou belíssima. Eu estou orgulhoso de carregar essa bandeira e participar dessa história da literatura pernambucana”, declarou Mário Rodrigues.

“Os meninos da Rua da Linha”, de Djaelton Quirino (Sertão) – Gênero: romance.

Djaelton Quirino é sertanejo, palhaço, ator, diretor, dramaturgo, roteirista e escritor. Pesquisador nas áreas de teatro, circo, literatura e audiovisual e suas intersecções. Cofundador do Teatro de Retalhos (março de 2008), coletivo de artes da cidade de Arcoverde, em Pernambuco. Segue e persegue a infância nos caminhos por onde vai, está em plena vivência de sua segunda infância mirando o exemplo do menino Manoel de Barros. “Eu sou ator, palhaço de Arcoverde, e esse lugar ainda é muito novo para mim, o de escritor. Então é um orgulho imenso fazer parte disso e ser reconhecido pela premiação”, enfatizou Djaelton Quirino.

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