Graxa: “Di Melo é mito total!”
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Quem participa, nesta semana, do Eu Indico é o cantor e compositor Graxa, que acaba de lançar o seu segundo álbum, Aquele Disco Massa. Um dos nomes que integra a Cena Beto, ele traz em seu trabalhos referência do rock, blues, folk, sempre com letras ferinas, mas muito bem humoradas.
Ao Cultura.PE e aos internautas ele indica o primeiro disco do mito Di Melo, de 1975. Soulman recifense que fez carreira labo B em São Paulo, e foi redescoberto pelas novas gerações há cerca de uma década, voltando às paradas de sucesso com seu balanço que mistura soul, funk, tango, latinidades entre outras malemolências mais.
“Agito, embalo, dançante e curtição. Fera total. Tem nem o que dizer, bicho! Indo para muito além das definições de música boa ou ruim, independente disso, não há de se negar que o figura “X” que colocar o som desse disco e não curtir é uma figura preocupante, não vai ter jeito que dê jeito, quanto mais um texto.
Vou falar uma parada bem clichê, mas é verdade: o repertório desse disco é muito rico – apesar de ter fortes bases na soul music. Mas alguns exemplos como Conformopólis, Sementes e Má Lida – essa última, com lindos arranjos de cordas – servem pra endossar o que eu tô dizendo. Também tem Minha Estrela, que já é uma que tem uma pegada mais de música latina – “esfrega-esfrega” e safadeza bacana.
E o vinil? O original é mosca branca, mas, se não me engano, fizeram relançamento. Queria o meu. Um dia rola! Esse é de prateleira. Pegar ele e colocar na radiola. Funciona no fim de semana, um pratinho de guisado e uma cachaça organizada. Quando vê, tu já tá dançando, numa boa, de óculos escuros, parecendo até que vai morrer doce quando o mundo se acabar em mel. Isso funciona em fins de semana.
E Di Melo? O cara é mito total! O Imorrível! Dá pra tu? Queres mais? Pra mim, já é o suficiente. E fora que o cara é bonitão! Manja na lábia e no papo. Tem altos estilos de gírias ‘dimélisticas’ que eu uso porque é o linguajar fera, tipo: “coracional” ou, até mesmo, “sorvete comportamental”. Tem outros. Fortes influências! Discaço! E Di Melo é figuraça que deve ser admirada e considerada sempre em todos os cantos e épocas. Um grande abraço pra ele”.
Ouça o disco Di Melo (1975)

