Grupos de forte personalidade fazem noite autoral consistente no País da Música
Diablo Angel, Viruz e Barbarize esbanjam profissionalismo perfeccionista
Postado em: PE Meu País
Uma indie pop em constante evolução; uma all-star band que mistura hip hop com soul music, samba e rock; e uma promessa afropop da cultura periférica que se tornou uma realidade impactante. No polo País da Música do Festival Pernambuco Meu País o que mais sobrou foi profissionalismo na noite desta sexta-feira (26), a primeira no município de Gravatá, no Agreste do Estado, com as participações dos grupos Diablo Angel, Viruz e Barbarize no palco-caminhão.
Leia também: Manifestações populares aquecem Gravatá sob um calor convidativo
Das origens ainda com letras em inglês ao aprimoramento do repertório com canções em português, Diablo Angel, a banda caruaruense-recifense capitaneada pela cantora e guitarrista Kira Aderne destilou seu repertório próprio com acrescido de versões bem particulares de músicas como A Feira de Caruaru (Onildo Almeida) e O Xote das Meninas (Luiz Gozaga & Zé Dantas).
A segunda banda a subir ao palco foi a Viruz, que trilha um caminho ousado, feito por poucos com perfeição: o do hip hop misturado a jazz, soul music, samba e rock. Mas uma verdadeira all star-band que tem os veteranos Bráulio Araújo no contrabaixo, Ebel Perrelli na bateria, e Riva Le Boss na guitarra faz parecer brincadeira. Dom Pablo é o frontman do projeto, que agregou muito valor com a entrada do tecladista Felipe Maia. Em Gravatá mostrou seu repertório autoral com participações especiais da vozes de Isabela de Holanda e Albino Paru.
Uma das atrações mais aguardadas do País da Música, a Barbarize, projeto multiartístico idealizado por Bárbara Vitória e Yuri Lumin, fez o palco ficar pequeno para tamanhas ideias e intervenções. É dueto; banda com baixo, guitarra, percussão e DJ; coreografia com dançarinos. Tudo junto e misturado e acontecendo harmoniosamente. Não deu outra: a plateia deixou de ser apenas público espectador e virou pista.