Josildo Sá leva seu samba de latada a São Paulo
Postado em: Música
Sertanejo dos bons – natural de Floresta e criado em Tacaratu -, mas de alma cosmopolita, o cantor Josildo Sá chega até o Sudeste levando a malemolência do seu samba de latada. Ele aporta em São Paulo, neste fim de semana, para uma temporada de três shows. Nesta sexta (28), ele cumpre agenda dupla: às 21h, no Teatro Décio de Almeida Prado, na capital paulista; em seguida, segue para o Canto da Ema, no bairro de Pinheiros. E no domingo (30), ele faz show no Centro Cultural da Juventude, em Vila Nova Cachoeirinha, às 17h.
No “matulão”, ele leva entoadas, xotes, baiões e arrasta-pés, todos ao seu estilo, um forrozinho bem sambado, de balanço diferente. O repertório dos shows é baseados nos discos “Virado num paletó véio” (1998), “Coreto” (2000), “Josildo Sá e Paulo Moura – Samba de Latada” (2006), e “Samba de Latada – Josildo Sá e Paulo Moura ao vivo” (2011). “Faço um apanhado da minha história, através das canções e de tudo que tem me influenciado na música, reverencio os grandes mestres da música nordestina e mostro também qual é a minha língua, o meu sotaque”, conta Josildo. Outros grandes nomes do cancioneiro nordestino também serão lembrados no show: “Lamento Sertanejo” (Gilberto Gil e Dominguinhos) “Forró de Mané Vito” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) e “Pra não morrer de tristeza” (João Silva).
Ao tocar em São Paulo, Josildo acaba por refazer um pedaço do seu histórico familiar, o que lhe deixa bem à vontade na Terra da Garoa. Foi lá que o músico Agostinho do Acordeom, seu pai, fez carreira artística, quando era figura constante nos forrós da capital e do interior. O caráter urbano de São Paulo parece casar bem com a música de Josildo, fincada nas tradições populares, mas aberta a referências das mais diversas. “A cena paulista é muito boa para o forró, leva o forró a sério, tipo, se não for pé-de-serra não entra em certas casas de show. Há uma discussão forte, que discute a tradição”, avalia.
