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Longa e curtas-metragens em discussão

Por: Leo Vila Nova

Costa Neto

Costa Neto

Cavi Borges (camiseta vermelha) falou sobre o filme “Cidade de Deus – 10 anos depois”

Em mais uma manhã de bate-papos com realizadores e público, o Festival de Cinema de Triunfo reuniu, nesta quarta (6), os representantes do longa e curta-metragens exibidos no dia anterior. Participaram do encontro Cavi Borges e Carla Osório, diretor e montadora do longa “Cidade de Deus – 10 anos depois”. Representando os curtas, estavam presentes os diretores Wallace Nogueira, de “Carranca”; Leo Alves, de “Pássaro de papel”, e Denio de Paula, autor da trilha sonora de “Viagem na chuva”.

“Será que uma obra de arte pode mudar a vida de alguém?”. Essa é a pergunta que ecoa ao final de “Cidade de Deus – 10 anos depois” e que deixa o público intrigado. Passada uma década do estrondoso sucesso do filme de Fernando Meirelles, como ele repercutiu na vida dos cerca de 50 atores? Alguns tiveram êxito em seguir a carreira artística. Outros, entretanto, não engrenaram e tiveram os mais variados destinos. “É uma linha tênue entre ficção e realidade. Muitos deles viveram coisas que estavam no filme. Um perdeu o irmão, outro foi traficante. Parte daquilo é baseado em coisas que eles viram ou viveram”, disse Cavi Borges.

Entre diversos enfoques debatidos sobre o documentário, estava a forte presença da violência que marcou a vida dos cerca de 50 atores entrevistados, além da estruturação do roteiro – que utilizou, fartamente, inserções do “Cidade de Deus” para enriquecer a narrativa delineada pelas falas dos atores. Também a forma como os dois diretores se dispuseram a tratar disso no filme, uma vez que Cavi lançou o olhar mais cinematográfico sobre a obra e Luciano Vidigal, o outro diretor, lançou mão do aspecto mais emocional, uma vez que ele é amigo pessoal daquelas pessoas.

A junção disso, rendeu um filme ao mesmo tempo forte e comovente, que é tanto uma crítica contundente ao universo do show business, mas que também mergulha nos sonhos (alguns frustrados) de cada um dos atores no momento em que participaram do filme de Fernando Meirelles. “O documentário foi um instrumento pra falar do Brasil, não só da vida dos atores”, destacou o diretor. O processo de preparação para aqueles que participaram de “Cidade de deus”, transformando pessoas comuns em verdadeiros atores, as expectativas para distribuição do filme no Brasil e mundo afora também estavam entre as questões colocadas.

Na sequência, Denio de Paula, Wesley Rodrigues e Leo Alves conversaram sobre o processo de criação dos curtas “Viagem na chuva”, “Carranca” e “Pássaro de papel”.

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