Manifestações populares aquecem Gravatá sob um calor convidativo
Ciranda Flor do Luar, Bloco de Samba Anarquistas Bole Bole, As Netas de Selma do Coco e Afoxé Ogbon Obá colocaram todo mundo para se mexer
Postado em: PE Meu País
Ciranda, samba, coco de roda e afoxé. As manifestações populares fizeram o aquecimento das primeiras horas do Festival Pernambuco Meu País, no município de Gravatá (Agreste pernambucano), nesta sexta-feira (26). Em mais de um sentido. No palco-caminhão do polo País das Culturas Populares, começou a agitar a cidade numa bela tarde de sol sob o calor de 26 °C.
No caminhão-palco estacionado na Avenida Joaquim Didier, próximo à Escola de Referência em Ensino Médio Devaldo Borges, Mestre Pixito comandou a Ciranda Flor do Luar, de Aliança (Zona da Mata Norte). Com acompanhamento de metais e percussão, o grupo puxou a ciranda por quase uma hora num só fôlego, sem parar em nenhum instante.
Antes mesmo de Pixito e companhia deixarem o palco, o Bloco de Samba Anarquistas Bole Bole, do bairro dos Coelhos, no Recife, já apontava em formação mais à frente na mesma avenida. Foi só receber a deixa e seguiu para se posicionar com sua bateria, cordas e passistas num total de mais de 20 integrantes. Em ritmo de preparação para apresentações que realiza em setembro, no Rio Grande do Norte e São Paulo, a Bole Bole mostrou porque tem esse nome e colocou todo mundo para dançar com sambas-enredo próprios e hits nacionais do gênero.
A partir não deu mais para fazer o corpo parar. Logo entrou em cena o grupo As Netas de Selma do Coco, que, além das herdeiras da saudosa coquista (morta em 2015), conta com outros familiares, inclusive trinetos, discípulos e discípulas. Jaqueline Leite comandou o repertório de sucessos da avó e ainda prestou um tributo a Glorinha do Coco, falecida em março.
O País das Culturas Populares encerrou sua programação da sexta-feira com o Afoxé Ogbon Obá, do bairro de Água Fria (Recife), fundado em 2007. Já com o friozinho chegando – afinal estamos no inverno -, os conselheiros do rei, referência a Xangô, como diz seu nome, cantaram e tocaram a seu orixá evocando empoderamento e autoestima. Foi emocionante.